Hard Reset é um FPS ambientado em um cenário Cyberpunk, que foi lançado originalmente em 2011, e recebeu uma versão Redux, que apresenta inúmeras melhorias ao jogo original, além de trazer algumas novidades, e essa é a versão que será analisada a seguir.
Para começar, Hard Reset não segue a fórmula dos FPS atuais (nem os de 2011), ele é um jogo totalmente baseado nos FPS dos anos 1990, como Doom e Wolfenstein. E assim como eles, existe uma história, mas ela é apenas uma justificativa para os inimigos estarem onde estão, e o porquê de você ter que acabar com eles.
Controlamos o Major Fletcher, que é um soldado da CLN, uma espécie de exértico que protege a cidade de Bezoar – a última cidade humana ainda viva – e inicialmente temos que investigar uma falha na segurança que deixou com que os robôs (que são os inimigos do jogo) entrassem na cidade. Pouquíssimas informações nos são dadas sobre onde estamos, ou o que aconteceu, e só acontecem cutscenes no início de casa missão (e em forma de HQs), com alguns poucos diálogos via rádio entre Fletcher e a CLN no meio de cada missão. Com o decorrer das missões, a história fica um pouco mais interessante, mas nada que te prenda na cadeira, pois ainda assim não recebemos informações detalhadas sobre o que está havendo.
Porém, é no quesito gameplay que o jogo brilha. Como dito acima, Hard Reset segue a mesma fórmula dos shooters clássicos, então enfrentaremos hordas e hordas de inimigos enquanto temos que ir do ponto A ao ponto B, seguindo esse ciclo até o término da missão, e isso é extremamente divertido. O jogo conta com dez armas, sendo cinco armas de fogo e cinco de energia, que só podem ser adquiridas ao se gastar pontos de “skills” em determinadas máquinas.
Esses pontos podem ser obtidos ao matar inimigos e ao pegar caixas de N.A.N.O. (nome dado ao XP do jogo) espalhadas pelo cenário, e muitas dessas caixas estarão escondidas – então explorar o mapa pode facilitar um pouco o jogo para você.
Além disso, nós temos uma barra de Shield (que regenera lentamente com o tempo) e uma barra de HP que não regenera, te obrigando a procurar e coletar caixas de vida pelo cenário, essas caixas também podem ser dropadas pelos inimigos, juntamente com munição e o N.A.N.O.
Mas o que a versão Redux traz de novidade em relação ao jogo original? O ponto mais fácil de se notar a diferença fica nos gráficos do jogo, que realmente receberam um Upgrade – todas as explosões (que não são poucas), os raios das suas armas e das caixas que podem ser explodidas no cenário estão bem mais bonitos e “vivos” comparado à versão de 2011.
Porém, a versão Redux de Hard Reset também introduz algumas novidades, a melhor delas de longe sendo a Cyber Katana – a única arma corpo-a-corpo que teremos no jogo, e de longe, a mais divertida de se jogar. A física das máquinas e humanos se partindo com os cortes da espada é muito bem feita, e bem satisfatória de se assistir. Também foi adicionado um Dash, que facilita o desvio de ataques dos inimigos além de melhorar a movimentação pelo cenário, e um novo tipo de inimigo: uma espécie de ciborgue zumbi, que é bastante lento mas que causa bastante dano. O quicksave também foi adicionado ao jogo, o que é uma maravilha, pois as missões são enormes, algumas chegando a durar mais de 40 minutos.
Surpreendentemente, não presenciei nenhum bug durante todo o meu gameplay, o que é digno de aplausos. Os únicos problemas que eu tive com o jogo foram algumas quedas de FPS em alguns momentos (Nas missões VI e VII, principalmente), umas pequenas, outras grandes, chegando ao ponto de me fazer morrer por conta disso algumas poucas vezes. Porém, como a versão disponibilizada para este review foi de pré-lançamento, é possível que a Flying Wild Hog corrija este problema, e esta parte seja retirada do review e a nota melhorada.
Outro ponto que me desagradou foram os loadings, que são bastante demorados, alguns durando mais do que um minuto e meio (Sim, eu contei), e caso você morra, um loading de pelo menos trinta segundos te espera, o que é bem frustante.
A trilha sonora é muito boa, são músicas pesadas que tocam quando os inimigos aparecem e nos deixam imersos e instigados com a batalha à nossa frente, porém, assim que o último inimigo é morto, a música some por completo nos deixando apenas com os sons da cidade, o que quebra completamente a imersão que a música havia criado apenas poucos momentos antes.
Hard Reset Redux é um FPS que se baseia nos shooters dos anos 1990, nos colocando contra dezenas de inimigos de uma vez e é divertidíssimo, com destaque para as batalhas contra os chefes que são literalmente colossais. Porém, o jogo falha em te prender nele por muito tempo, fazendo com que você jogue uma missão por vez. Mas se você está cansado dos FPS atuais, Hard Reset Redux, com certeza te agradará e muito.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Gambitious Digital Entertainment
Resumo para os preguiçosos
Hard Reset Redux é uma versão melhorada de um jogo que já era muito divertido originalmente, introduzindo algumas melhorias gráficas e de performance, além de algumas novidades que somam bastante ao seu gameplay. Porém mesmo sendo muito divertido, ele não te faz entrar no seu clima, nem consegue te prender por muito tempo, te obrigando a jogá-lo aos poucos.
Prós
- Desafio alto, mesmo nas dificuldades mais baixas
- Batalhas contra chefes memoráveis
- Iluminação dinámica, física e explosões muito bem feitas e bonitas de se ver
- Não há Bugs detectáveis
Contras
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Loadings muito demorados
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Não consegue te prender por muito tempo seguido
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Quedas de frames