A Ubisoft recentemente deu uma conferência em Nova York para o seu novo jogo, Tom Clancy’s The Division. Nela, a empresa fez uma longa apresentação, que incluiu testemunhos de sobreviventes profissionais no cenário apocalíptico de realismo de The Division.
Entretanto, a companhia supostamente nunca considerou as similaridades entre a história do jogo e a história recente da cidade de Nova York, ou procurar por conselhos ou informações das vítimas, dos primeiros correspondentes, e das outras pessoas que testemunharam os trágicos eventos do dia 11 de Setembro.
O site Kill Screen conversou com Julian Gerighty, o diretor criativo do projeto e perguntou se o time de desenvolvimento falou com qualquer correspondente do 11/9 e com os sobreviventes no intuito de fazer o jogo mais autentico. Gerighty disse que não, e ressaltou que não acha que uma paralela entre o cenário do jogo e o 11/9 exista.
Pressionado sobre o tópico, se o colapso do World Trade Center ou os efeitos pós-ataques foram levados em consideração durante o desenvolvimento do jogo, Gerighty disse que “É a primeira vez que vejo alguem perguntar sobre, e não foi discutido em nenhuma das reuniões em que eu estive antes”
“Acontece que no fim, é um jogo de video game, um produto de entretenimento… Não há uma mensagem política particular nele” Disse Gerighty depois, ao ser perguntando sobre os temas de The Division, que incluem o jeito que o vírus se espalhou (dinheiro contaminado) e pacificadores matando civis.
Enquanto assuntos delicados desse tipo não deveriam estar fora dos limites, a Ubisoft parece despreocupada em tratar o assunto de maneira mais delicada, ou com a nuance e as diferenças entre a tragédia e a história do jogo se passando em Manhattan. Pode ser “apenas um jogo”, mas as feridas que podem ser reabertas são bem reais.