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Halo 5: Guardians – Review

A Bungie já não cuida de Halo faz um bom tempo, tendo partido para novas empreitadas com Destiny. Assumir uma franquia do calibre de Halo não é uma tarefa fácil, mas a 343 Studios mostrou que podia, sim, lidar com esse universo em Halo 4. Com a chegada do Xbox One e mais um jogo da franquia anunciado, ficou a dúvida: será que a companhia, de fato, conseguiria mostrar que a franquia é viável ou que ela devia ter ido pra geladeira após a troca de desenvolvedor?

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Eu nunca fui muito fã de Halo. Diferente de muita gente que começou a jogar jogos de tiro nos consoles por causa desse jogo (principalmente nos EUA), eu não sei porque essa foi uma franquia que nunca me atraiu tanto assim. Eu joguei um bom pedaço de Halo Anniversary para o Xbox One na Master Chief Collection e também Halos 3 e Reach no Xbox 360, além de Spartan Assault no Xbox One, mas a franquia nunca havia realmente me conquistado. Com Halo 5, a coisa foi diferente, e eu não consegui desgrudar do jogo do começo ao fim.

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A campanha inicia já pegando fogo te colocando no meio do combate, e duas mudanças logo chamam a atenção. A primeira delas é que você finalmente pode aproximar a mira da sua arma mesmo que você não esteja usando a pistola. A segunda, é que a campanha é composta de mapas bem mais lineares, ao invés do sandbox que era criado para as missões dos jogos anteriores da franquia. Isso é bom, por um lado, que te faz ser mais objetivo e ir diretamente para onde o jogo quer (algo que me irritava profundamente no Anniversary era volta e meia me perder no mapa por não saber onde ir) mas que pode acabar não agradando fãs antigos da franquia. Talvez uma abordagem mais no estilo de Wolfenstein: The New Order pudesse ter agradado gregos e troianos, com mapas grandes que englobavam as fases, mas, sinceramente? Eu gostei. Linearidade não é ruim quando ganha-se objetividade.

No jogo, você controla tanto Spartan Locke quanto Master Chief. Chief recebe um chamado de Cortana (que aparentemente está viva) e desobedece ordens indo atrás dela. Locke é mandado atrás dele para capturar o personagem lendário da franquia. Cada um dos personagens é acompanhado de um time de mais três soldados, e há um novo sistema de ordens que você pode dar para eles. Apesar do sistema ser bem simples, com apenas um botão e comandos para ir até certo lugar ou atacar certo inimigo, ele quebra o galho em algumas situações. Apesar disso, em alguns momentos a IA é bem burra, e esquece de matar inimigos que você não está vendo, então cabe a você ficar voltando no mapa para matar todo mundo e aí sim poder continuar com a campanha.

Além disso, uma novidade bem-vinda em Halo 5 é que agora você pode ser revivido pelos seus amigos caso seja abatido, apesar de certos ataques ainda resultarem em mortes instantâneas. Outra novidade do jogo é que o sistema de combate está mais ágil também. Há um botão para deslizar, um jogo de corpo novo, saltos diferentes, enfim, o combate realmente foi repaginado e está muito mais ágil e divertido que anteriormente.

Algo que retorna no jogo é a frequência com a qual você é forçado a trocar de arma. As balas acabam, e você acaba tendo que aprender a mexer com mais de um tipo de arma para poder continuar matando os inimigos pela frente. Além disso, também há veículos e naves no jogo, e há pelo menos uma ou duas missões em que você deve mostrar suas habilidades de piloto enquanto tenta não morrer no meio do tiroteio.

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A história da campanha de Halo 5 é interessante, porém, como eu disse no começo do review, eu não sou muito conhecido da história da franquia, e fiquei boiando em certas partes. O jogo assume que você tenha jogado pelo menos um ou dois jogos, e não há nenhum flashback ou algo do tipo que te conte coisas que você deveria saber. Seria legal se a 343 tivesse acrescentado algo do tipo, ou quem sabe tivesse feito um filmezinho antes do começo do jogo com algo como “o que você deveria saber antes de jogar Halo 5”. Ao invés disso, o que me ocorre na cabeça é que eu provavelmente deveria ter terminado Master Chief Collection. Mas fora isso, a campanha é bem divertida, e leva umas seis ou sete horas para ser completada.

Já no modo multiplayer, Halo 5 brilha bastante. Eu não consegui jogar muitas partidas durante o período de review do jogo, mas o tempo que eu consegui jogar foi muito bem aproveitado. Os modos multiplayer disponíveis durante o review eram dois: Warzone e Arena. O modo Arena é uma coletânea de modos clássicos, como Deathmatch, Capture the Flag e assim por diante. Nada de novo nessa parte.

Já em Warzone, a 343 realmente mostrou um excelente trabalho. O modo é um 12×12 onde você deve enfrentar não só os jogadores do outro time, mas também uma penca de monstros e até chefes que aparecem no mapa durante a partida. Você começa limpando a própria base das ameaças, depois disso vai pro tiroteio. O modo é realmente muito divertido e um dos pontos altos do jogo.

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Graficamente, Halo 5 está absolutamente lindo. O jogo é muito bonito mesmo, e roda a 60 fps sem nenhum engasto. As cutscenes do jogo também estão absolutamente fabulosas e o Xbox One realmente brilha. O desempenho do jogo é impecável mesmo com uma penca de inimigos no meio da tela. A trilha sonora de Halo 5 também é muito boa, e o jogo vem com opção tanto de dublagem em português e legendas ou apenas legendas em português e dublagem original, o que eu sinceramente agradeço muito.

Resumo para os preguiçosos

Halo 5: Guardians apresenta algumas mudanças que talvez não agradem todos os fãs antigos da série, mas é inegável que o jogo continua sendo a mesma franquia que redefiniu os jogos de tiro no videogame há mais de uma década. O jogo roda muito bem no Xbox One e, além de uma boa campanha, também apresenta modos multiplayer muito divertidos, com destaque para o modo Warzone. Recomendadíssimo

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos
  • Jogabilidade modernizada
  • Campanha interessante
  • Legendas e dublagem em português (além da opção de poder jogar com o idioma original e legendas em pt-br)
  • Modo Warzone muito bem pensado

Contras

  • A história do jogo assume que você já é um veterano da série
  • Nem sempre a IA dos colegas é tão esperta assim
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.