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Saint Seiya: Soldiers’ Soul – Review

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Cavaleiros do Zodíaco é um anime que tem um lugar especial no coração de muitos brasileiros. Graças à TV Manchete, nós fomos torturados com a eterna (ou pelo menos parecia) dúvida sobre quanto a saga do Santuário finalmente iria ganhar uma continuação (é muita sacanagem começar a reprisar o anime no meio da luta entre o Seiya e o Aiolia). Muitos jogos já foram baseados nessa franquia, mas nenhum deles é tão ambicioso quanto Soldier’s Soul. Consegue esse ser o título definitivo dos Cavaleiros? É o que vamos descobrir.

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Em Saint Seiya: Soldiers’ Soul (ou Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados por essas bandas), você controla os Cavaleiros do Zodíaco e revive uma penca de episódios do anime. O jogo tem basicamente todas as sagas importantes exibidas tanto na televisão quanto no mangá, exceto pelo arco inicial da Guerra Galáctica e dos Cavaleiros de Prata. Exceto por essa omissão, temos as sagas Santuário, Asgard, Poseidon e Hades. Cada uma delas contém todas as respectivas batalhas.

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Como dá pra ver, é uma cacetada de conteúdo, e há batalhas o suficiente para ficarmos dias na frente do videogame até chegarmos à conclusão das sagas. Algo interessante nessa seleção de conteúdo é que cada uma das sagas pode ser jogada na ordem que você quiser, então não é necessário trilhar o caminho seguido pelo anime ou pelo mangá, e sim começar por Hades, depois ir pra Posseidon, Asgard e Santuário, ou em qualquer outra das 12 combinações possíveis. Além disso, também é possível jogar algumas fases de uma saga, seguir pra outra, jogar umas fases e assim sair. Há bastante flexibilidade nesse sentido. Vale lembrar que a saga de Hades já esteve presente anteriormente em Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados.

Por falar em Bravos Soldados, Soldier’s Soul é uma evolução direta do antecessor lançado em 2013 em quase tudo. A Bandai Namco aproveitou a engine do jogo anterior e aperfeiçoou-a para esse novo game e a primeira coisa que os fãs vão notar é que o jogo está mais difícil. Eu tive o chão lavado com o meu rosto nas primeiras batalhas, até entender como o sistema de batalha funcionava, e eu não sei se é bem essa a intenção da produtora, mas para vencer, você basicamente tem que se focar em contra ataques. Espere o inimigo atacar, desvie, aproveite que ele está com a guarda aberta e sente o laço nele. Atacar primeiro só resulta no inimigo defendendo e fazendo exatamente isso com você. Eu particularmente gostaria que o sistema de batalhas tivesse um pouco mais de profundidade além disso, mas, comparado a outros jogos baseados em anime que eu joguei ultimamente, esse continua sendo o mais bem trabalhado.

Eu vou acabar repetindo exatamente o que eu disse no review de Bravos Soldados e dizer que quem é fã da série realmente não vai se importar tanto com esse sistema de lutas, porque, apesar de raso, ele é até divertido, mas o jogo, nesse quesito, está longe de querer bater de frente com outros jogos do gênero. Ao fim de cada batalha, você ganha uma nota (que varia entre D e S, e tem algum comentário do cavaleiro sobre o próprio desempenho que geralmente me faz dar uma boa gargalhada) e alguns bônus são desbloqueados, como mais personagens, ilustrações e cenários.

Além do modo história, que proporciona uma cacetada de horas de diversão, o jogo ainda tem alguns modos extras, como a Guerra Galáctica, que é um modo torneio onde você pode chamar mais amigos pra pancadaria. Esse é perfeito para reunir todo mundo e descobrir quem é o melhor cavaleiro do grupo.

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Um dos pontos mais fortes dessa nova versão é que o jogo finalmente veio dublado em português com os dubladores originais. A Bandai Namco do Brasil realmente merece os parabéns pelo esforço de trazer o elenco original de volta pro título, apesar da dublagem ter ficado meio estranha em alguns momentos, pois os dubladores acabaram tendo que acompanhar o movimento de boca dos personagens e as frases ficam bem pausadas em alguns momentos (como se tivéssemos três vírgulas entre cada palavra e aquela regra errada que a professora de português ensinou sobre respirar quando se vê uma vírgula fosse usada ao extremo).

Graficamente, o jogo continua bonito, especialmente na versão de PS4 exceto por um pequeno detalhe: as sombras. Sério, eu não sou de reclamar de gráficos, mas as sombras do jogo estão terrivelmente pixeladas. Quando um cavaleiro cai no chão após um ataque, dá pra ver nitidamente que alguém não deu a devida atenção a esse detalhe, já que as sombras dos personagens parecem mais uma imagem de 320×240 esticada para 1080p. Fora isso, o jogo é realmente bonito e lembra bastante o anime. A versão de PS4 ainda vem com gráficos em full hd e 60 fps. No PS3, o jogo está exatamente como na versão anterior, e isso está longe de ser ruim.

A trilha sonora do jogo também é muito boa, com diversas músicas extremamente bem trabalhadas nas transições e uns metalzão doido durante as lutas. Eu realmente gostaria de encontrar essa trilha por aí pra poder adicionar às minhas playlists, pois ela é um dos destaques do jogo que podem acabar passando desapercebidos.

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Review elaborado com uma cópia de PS4 do jogo fornecida pela Bandai Namco.

Resumo para os preguiçosos

Saint Seiya: Soldiers’ Soul é uma boa evolução para a franquia. O jogo traz uma cacetada de personagens novos e bastante conteúdo a mais em relação ao título anterior, mas, apesar do aumento de dificuldade nas batalhas, elas continuam sem muita profundidade, o que é uma pena, pois fora isso, o jogo faz praticamente tudo muito bem. Se você é fã dos Cavaleiros, esse título é mais do que recomendado. Se você não é, mas quer um jogo de luta pra jogar, talvez essa não seja a melhor opção do mercado.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Muito conteúdo na campanha
  • Diversos cavaleiros para escolher
  • Dublagem em português com os dubladores originais

Contras

  • O sistema de batalha continua sendo um ponto fraco do jogo
  • As sombras dos personagens são bizarras
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.