Streets of Fury Ex – Review

Quem aí lembra da época em que os jogos de luta, numa tentativa de copiar Mortal Kombat, usavam sprites obtidos de modelos de verdade? O bom e velho apogeu do FMV aconteceu na década de 90, e pouca coisa foi feita utilizando-se dessa técnica após o poder gráfico dos consoles avançar e permitir que gráficos poligonais lembrassem minimamente um modelo humano. Streets of Fury Ex é uma homenagem a essa gloriosa época, e é tão tosco e divertido quanto você pode imaginar.

Em Streets of Fury Ex, você é o integrante de uma gangue de Los Angeles que foi contratado pelo governo parisiense para livrar as ruas da cidade de uma gangue de rua. Sim, o enredo não faz o mínimo sentido, mas a ideia é fazer o que todo mundo faz num bom e velho Beat them Up: encher de porrada a cara de quem ousar entrar na tela.

Para isso, o jogo conta com um sistema de combate bem mais profundo do que ele aparenta ser a princípio, com combos, bloqueios e cancelamentos de ataques. Sério, o sistema de jogo é bastante complexo, mas fácil de ser minimamente dominado, e é possível ir até o fim do jogo apenas esmagando um dos botões de ataque, mas qual a graça de fazer isso quando você pode transformar uma surra numa obra de arte?

Além de contar com esse sistema de combate complexo, o jogo ainda funciona em três planos, lembrando um pouco do que Fatal Fury fazia nas antigas, e permitindo que você fuja para respirar quando a oposição estiver arrebentando o seu couro, já que o número de inimigos na tela é bem alto em vários momentos do jogo. É possível jogar com mais de um amigo simultaneamente, mas infelizmente o jogo não tem suporte para partidas online, algo que seria a cereja do bolo.

Obviamente, o sistema de combate do jogo não é o seu destaque principal, apesar de ser um deles, e sim os gráficos. Só pelo fato do jogo usar FMVs como gráficos, a gente já não leva ele a sério, mas espere para ver os atores que foram usados para capturar os movimentos, você vai gargalhar na frente da tela. Os movimentos realmente não são bonitos no sentido deles não serem plásticos, mas são extremamente engraçados. Parece mais que a equipe de desenvolvimento do jogo contratou 5 ou 6 pessoas que eles encontraram em algum bar por aí e ofereceu 20 reais pra cada um fazer meia dúzia de movimentos. Sim, o jogo é tosco assim, mas ele nunca prometeu ser absurdamente bonito e bem caprichado, não é?

A trilha sonora do game é pura nostalgia e vai fazer quem cresceu na década de 80 e 90 se sentir em casa também. E os efeitos sonoros do game também vão despertar um sorriso ou dois em você.

Review elaborado numa versão para PC do jogo. Código de review fornecido pela produtora.