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Assassin’s Creed Chronicles: China – Review

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Era uma vez um jogo chamado Prince of Persia. Não o jogo que vocês jogaram no PlayStation 2, mas sim um jogo de plataforma que a francesa Ubisoft, quando ainda não era uma toda poderosa da indústria de jogos, lançou para os antigos 486. O jogo era um jogo de plataforma, com sequências de combate e escape e muito divertido. Anos depois, surge Assassin’s Creed, um jogo que foi planejado com um spin off de Prince of Persia, mas que acabou virando uma franquia independente e uma das maiores e mais reconhecidas no mundo dos jogos. Avançamos para 2015 e chegamos em Chronicles China, um jogo que meio que é um retorno às origens de Prince of Persia, ainda que 26 anos depois.

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Em Assassin’s Creed Chronicles: China, você controla Shao Jun, uma assassina que já é conhecida dos fãs da franquia por ter sido uma das personagens principais da animação Assassin’s Creed: Embers. O jogo conta a história dela após seu encontro com Ezio, mas também trata sobre o passado da assassina. Jun era uma concubina do imperador da China. Após a morte deste, ela foi resgatada pelos assassinos e entrou para a irmandade. Agora, com um novo imperador na China, um fantoche dos templários, ela busca a vingança contra esse grupo por ter exterminado as irmãs de cativeiro dela e por terem causado o declínio da Ordem dos Assassinos na China.

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Como eu mencionei acima, diferente do que você está acostumado com os jogos da franquia Assassin’s Creed, em Chronicles China, você joga num esquema de plataforma, com o gameplay rolando num espaço 2.5D, ou seja, você só pode andar pra frente e pra trás, mas há vários planos onde a ação se desenvolve, e você vai navegando entre eles para ir avançando nas fases.

Cada fase é composta de um ou mais objetivos principais e secundários, e requer que você use todas as habilidades que o jogo vai te ensinando para prosseguir. Apesar de você ser uma assassina, o jogo incentiva o jogador muito mais a usar o Stealth (ainda mais no começo) do que ir pra porrada mesmo, como pelo menos eu estava acostumado a fazer com Ezio (quando o stealth não era forçado, é claro). Aliás, não só o jogo te recompensa mais por ser furtivo como também torna o combate bem mais difícil do que ser uma somba: você começa com apenas uma barra de energia (ou seja, um golpe e morreu) e vai ganhando mais conforme ganha pontos no jogo. Quais ações dão mais pontos? Passar desapercebido, claro.

É verdade que ainda é possível matar os inimigos dentro do stealth, mas a ideia é realmente não chamar a atenção. Você mata, puxa o inimigo pras sombras, esconde o corpo dele, e por aí vai. O problema é que nem sempre isso acontece da forma suave como você gostaria que acontecesse e a batalha é necessária, e é aí que o jogo acaba incomodando um pouco, pois o sistema de combate de Assassin’s Creed Chronicles: China não é bom por alguns motivos que parecem até erros de principiante.

Por exemplo: Jun tem ataques fracos e fortes. Os ataques fracos são para “cozinhar” a vida do inimigo, e os fortes para finalizar um inimigo. Um ataque fraco é bem mais rápido que um forte, então você sempre começa atacando com ataques fracos, certo? Bom, cuidado, pois se ela acerta um ataque, o inimigo vai pra trás por causa do impacto e não é acertado pelo segundo ataque do combo. Sabe o que acontece daí? Ele se recupera e te acerta antes do terceiro ataque, porque você está completamente exposto, e você morre, porque a sua vida dura menos que gasolina em carro Opala V8. Ainda mais se houver mais de um inimigo na tela, daí o bicho pega e Jun mostra que ela provavelmente apanharia de todo mundo num torneio de assassinos com Ezio, Altair, Aveline e afins.

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Apesar do combate ser um empecilho, as partes de plataforma do jogo são bem satisfatórias. A transição dos planos é bem executada e é interessante como a Ubisoft conseguiu fazer a transição do parkour 3d de Assassin’s Creed para um 2.5D em Chronicles China. Além das sequências normais, há também algumas de perseguição, onde você vai se sentir jogando um endless runner, aliás.

Graficamente, Chronicles China mostra um estilo gráfico bonito, ainda que simples. Os gráficos parecem uma pintura a mão, e os cenários são belos também. A trilha sonora do jogo não tem nada demais, e a dublagem parece meio sem inspiração. Por falar nisso, o jogo não tem dublagem em português, mas vem com legendas na nossa língua materna.

Resumo para os preguiçosos

Assassin’s Creed Chronicles: China é um capítulo interessante na franquia, ainda que parte de suas qualidades sejam minadas por problemas com um sistema de combate que é bem ruim e uma dublagem pouco inspirada. O jogo realmente foca mais no stealth do que no combate, e você provavelmente nunca se sentiu um assassino tão fraco jogando um jogo da franquia. Se jogos de plataforma com stealth são a sua praia, vá fundo. Caso contrário, cuidado.

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Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belo uso do cenário para plataforma
  • Sequências de perseguição
  • Legendado em português

Contras

  • Sistema de combate precisa melhorar
  • Dublagem sem inspiração
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.