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Eternal Strands – Análise – Vale a Pena – Review

O ano de 2025 tem tudo para ser um dos maiores da indústria dos games, e se destacar no meio de gigantes não é nada fácil. E é exatamente essa a tarefa de Eternal Strands da Yellow Brick Games, mas será que o jogo realmente vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Logo de cara você percebe inspirações do jogo em Zelda, Shadow of The Colossus e até mesmo Dragons Dogma. Em Eternal Strands você entra na pele de Brynn, uma tecelã que precisa explorar o enclave para por um fim ao véu que causou uma catástrofe anos atrás.

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Gameplay e combate

A estrutura é simples: Brynn chega em um mapa novo e é totalmente livre para explorar a vontade, os companheiros de acampamento encarregam ela com missões e você decide o que quer fazer primeiro. Boa parte do cenário é completamente destrutível e reage a elementos como fogo e gelo.

Brynn pode carregar um arco e flecha, espada curta e escudo e uma espada longa de 2 mãos ao mesmo tempo, também existe uma variedade de armas que você pode craftar que te dão efeitos diferentes e ataques especiais únicos.

Eternal Strands – Análise – Vale a Pena – Review

A exploração do mapa é intuitiva e muito prazerosa, todo cantinho tem algum baú ou inimigo para matar e coletar os recursos, mas a graça do jogo está em enfrentar os inimigos épicos. Estes inimigos são chamados de Arcs e são gigantescos, é aí que você percebe as inspirações em Shadow of The Colossus e Dragons Dogma.

Brynn pode escalar o corpo dos inimigos livremente e na maioria das vezes é preciso resolver uma espécie de puzzle para conseguir derrota-lo. A maioria deles tem uma armadura espessa que precisa ser removida de alguma forma, seja destruindo os pontos fracos da armadura ou usando alguma das 9 magias que Brynn tem em seu arsenal.

Outra coisa que torna a exploração ainda mais interessante é que o mapa tem ciclos de dia e noite e mudanças de clima. Quando se teleporta para um mapa ele pode estar por exemplo com o clima de seca, onde tudo que é inflamável fica ainda mais perigoso e o fogo pode se espalhar drasticamente, isso pode atrapalhar Brynn ou caso você seja esperto, usar ao seu favor para derrotar inimigos fracos contra fogo.

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O level design também é bem feito, com muitos mapas verticais e pontos de interesse espalhados por aí. Mas um ponto negativo aqui é que os inimigos com o tempo começam a ficar repetitivos, incluindo os monstros épicos gigantescos.

Eternal Strands – Análise – Vale a Pena – Review

É compreensível esse problema existir levando em consideração o escopo do estúdio e o orçamento para o jogo, e eles até que minimizaram esse problema de forma inteligente, já que enquanto rola uma certa repetitividade, o jogo também não deixa de introduzir pelo menos 1 novo tipo de inimigo épico a cada mapa, adicionando variedade e mascarando um pouco a repetição dos inimigos anteriores.

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História

Todo o conjunto de coisas que envolve a gameplay do jogo é extremamente satisfatório e o estúdio se superou com o quão bom é explorar e derrotar inimigos épicos. Infelizmente o jogo tem uma discrepância e queda de qualidade tremenda quando abordamos a parte de história.

Existem personagens muito interessantes e bem escritos, como a Ória e a própria Brynn, mas isso não é o suficiente para sustentar uma história tão sem graça. Muitos dos diálogos do jogo parecem ter sido escritos por uma criança de tão infantil e desconexos que são com o que está acontecendo, ao mesmo tempo em que o plot geral da história é extremamente broxante e tem momentos que parece um completo besteirol.

Esse problema da história ser ruim não seria tão agravante se o estúdio abraçasse completamente a parte da gameplay e deixasse ela apenas como pano de fundo para as coisas acontecerem. Afinal, dado o tipo de jogo que Eternal Strands é, isso seria o natural a se fazer e até mesmo pouparia recursos, alocando eles para partes que importam mais. Infelizmente o jogo tenta dar um passo maior do que a perna e forçam a história na frente da gameplay muitas vezes, atrapalhando o desenrolar da coisa.

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Já seria um problema a história ser ruim, e ela ainda te parar e forçar ler uns 30 minutos de dialogo toda vez que você faz algum avanço acaba atrapalhando muito o loop de gameplay. Eu não quero ter que parar minha exploração pra ficar lendo um dialogo tedioso, a magia desse tipo de jogo é deixar o jogador explorar o quanto ele quiser.

Apresentação audiovisual

Eternal Strands – Análise – Vale a Pena – Review

No quesito audiovisual, Eternal Strands entrega um excelente trabalho, apesar de algumas pequenas ressalvas. A direção de arte do jogo é bem feita, com cenários bem montados e que fazem muito sentido, a parte da cidade é um show a parte e mostra como o diretor sabia exatamente o que estava fazendo.

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Mas alguns problemas visuais e de desempenho acontecem ao decorrer da jornada, com texturas pipocando, piscando na tela e quedas bruscas de desempenho no PS5, principalmente nas batalhas contra monstros épicos de fogo que incendeiam toda a arena.

Já na parte de audio o jogo está dublado em inglês e com legendas em português, com alguns momentos aparecendo dessincronizada, principalmente nas Cutscenes.

Mas e aí, Eternal Strands vale a pena?

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Eternal Strands é um daqueles jogos bem difíceis de quantificar o valor dele numa nota de 0 a 10, o jogo tem acertos fenomenais e erros bizarros ao mesmo tempo. É perfeitamente entendível uma pessoa ter amado ele por causa da gameplay e outra não ter aguentado jogar 2 horas por conta da história decepcionante.

Se você é uma pessoa que valoriza uma boa gameplay e exploração, definitivamente existe um excelente jogo aqui pra você, na reta final eu desisti de ver a história e saí pulando todos os diálogos, o que fez a qualidade da minha experiência com o jogo subir bastante e fiquei me perguntando porque não fiz isso antes.

Eternal Strands demora cerca de 23 horas para fazer a campanha com todas as missões secundárias e cerca de 40 horas para platinar (sem guias). Apesar de todos os problemas, eu tive a imensa vontade de platinar por conta das qualidades, logo o maior conselho que posso dar é: fuja se você gosta de uma boa história e se divirta se você prioriza uma boa exploração e combate.

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Resumo para os preguiçosos

Eternal Strands, da Yellow Brick Games, chega em 2025 com a missão de se destacar em um ano recheado de grandes lançamentos. Inspirado em jogos como Zelda, Shadow of the Colossus e Dragon’s Dogma, você controla Brynn, uma tecelã que precisa explorar um mundo cheio de mistérios e derrotar inimigos gigantes chamados Arcs. A gameplay é divertida, com mapas abertos, exploração livre e um combate que mistura armas, magia e estratégia. Apesar disso, alguns inimigos podem ficar repetitivos, mas o level design e a sensação de enfrentar monstros épicos compensam bastante.

O maior problema do jogo é a história, que tenta ser importante, mas acaba sendo fraca e cheia de diálogos longos e sem graça, quebrando o ritmo da exploração. No lado visual, o game manda bem com cenários bonitos e uma direção de arte caprichada, mas tropeça com bugs gráficos e quedas de desempenho no PS5. No final das contas, se você curte uma boa gameplay e não se importa em pular diálogos, o jogo tem muito a oferecer. Com cerca de 40 horas para platinar, vale a pena pra quem prioriza combate e exploração, mas pode decepcionar quem busca uma narrativa marcante.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gameplay
  • Combate
  • Exploração
  • Mundo vivo

Contras

  • História
  • Bugs
  • Um pouco repetitivo
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.