O Grande Prêmio do Japão de 1989 marcou um dos momentos mais controversos da história da Fórmula 1, envolvendo Ayrton Senna e Alain Prost. A colisão entre os dois na 47ª volta e a subsequente penalidade aplicada a Senna foram decisivas para o desfecho do campeonato daquele ano. Esse episódio, revisitado na minissérie Senna, da Netflix, continua a ser amplamente debatido entre fãs e especialistas.
A colisão entre Senna e Prost no Grande Prêmio do Japão de 1989
Durante a corrida, Senna e Prost estavam em uma intensa disputa pelo título mundial. Na 47ª volta, Senna tentou ultrapassar Prost na chicane próxima à entrada dos boxes. Prost, por sua vez, fechou a trajetória, resultando em uma colisão que tirou ambos da pista. Prost abandonou o carro, acreditando que a corrida estava perdida, enquanto Senna conseguiu retornar à pista, com o auxílio dos fiscais, e liderar o restante da prova até cruzar a linha de chegada em primeiro lugar.
A penalidade aplicada a Senna
Embora tenha terminado a corrida em primeiro, Senna foi desqualificado por “cortar a chicane” ao retornar à pista. Segundo o artigo 56 do Código Disciplinar da Fórmula 1 de 1989, era permitido que o piloto retornasse à corrida desde que respeitasse o ponto exato onde havia saído da pista. Como Senna contornou a chicane de forma irregular, a manobra foi considerada ilegal. A decisão deu a vitória a Prost e garantiu seu título mundial.
As consequências para Senna
A desqualificação de Senna foi apenas parte das punições impostas. Ele recebeu uma multa de US$ 100 mil e foi suspenso por seis meses sob a acusação de “pilotagem perigosa”. Senna criticou duramente o presidente da FISA, Jean-Marie Balestre, alegando que a decisão foi motivada por interesses políticos para favorecer Prost. Apesar disso, Senna continuou sua carreira e consolidou seu legado como um dos maiores pilotos da história.
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