A série A Diplomata, da Netflix, trouxe uma abordagem realista e envolvente sobre a vida diplomática, levando os espectadores a questionarem se a trama seria baseada em uma história verdadeira. Na série, Keri Russell interpreta Kate Wyler, a nova embaixadora dos Estados Unidos no Reino Unido, que além de lidar com o intenso ambiente político, enfrenta um casamento conturbado com seu marido, Hal Wyler, interpretado por Rufus Sewell. A história retrata tanto as dificuldades nos relacionamentos pessoais quanto os desafios políticos entre países, misturando temas atuais e relevantes que refletem questões vistas na vida real.
A Diplomata Não é Baseada em uma História Real
Embora A Diplomata pareça realista, a série não é baseada em fatos reais. A criadora Debora Cahn desenvolveu a trama como uma ficção inspirada em suas conversas com diplomatas enquanto escrevia para a série Homeland. Apesar de a personagem Kate e seu marido Hal não serem baseados em pessoas reais, Cahn buscou capturar a intensidade da vida diplomática e os efeitos que essa profissão pode ter em relacionamentos pessoais. A química entre Russell e Sewell contribui para que o público perceba a relação entre Kate e Hal como genuína, embora totalmente fictícia.
Referências a Eventos Políticos Reais
Apesar de ser uma obra ficcional, A Diplomata incorpora referências a eventos do mundo real, o que reforça sua autenticidade. Um exemplo ocorre no episódio 2 da primeira temporada, quando é mencionada a morte de Qasem Soleimani, oficial militar iraniano assassinado por um ataque de drones dos Estados Unidos em 2020. Além disso, a série também alude ao conflito Rússia-Ucrânia, trazendo um contexto contemporâneo e realista para a trama.
Essas referências ajudam a série a parecer mais próxima da realidade, o que atrai o público para uma narrativa que mistura ficção com acontecimentos atuais. Contudo, o uso desses eventos serve mais como pano de fundo do que como uma base factual para a história.
A Fidelidade de A Diplomata à Realidade
A série também gerou debates entre diplomatas reais sobre o quanto sua representação do mundo diplomático reflete a realidade. Muitos afirmam que a série exagera os aspectos políticos para intensificar o drama. Em entrevista ao The Guardian, alguns diplomatas britânicos e americanos comentaram que o retrato das interações entre líderes britânicos e a embaixadora Kate é amplamente ficcional, sem grande preocupação em seguir os protocolos reais de relacionamento entre embaixadas e governos.
A diplomata americana Jenna Ben-Yehuda observou, com humor, que os personagens em A Diplomata são bem mais atraentes do que os profissionais reais da área. Já Brett Bruen, ex-diretor de engajamento global do governo Obama, criticou a série por explorar o ângulo de espionagem, que pouco tem a ver com a verdadeira diplomacia.
Por outro lado, alguns detalhes impressionaram os diplomatas, como o uso de móveis da marca americana Drexel nos cenários, que é conhecida por mobiliar as residências de diplomatas americanos no exterior. Isso mostra que, apesar das liberdades criativas, houve esforço em incluir elementos que remetem ao mundo diplomático real.
A Diplomata é uma série dramática que segue Kate Wyler, uma diplomata americana talentosa que é inesperadamente designada para uma posição de alta visibilidade no Reino Unido em meio a uma crise internacional. Especialista em zonas de conflito, Kate precisa navegar as complexidades da diplomacia em solo europeu, onde suas habilidades são testadas tanto por forças externas quanto pela política interna. Além disso, ela lida com o impacto dessa nova posição em seu casamento com Hal, um ex-embaixador carismático e manipulador.