O episódio 4 de Uzumaki foi lançado em 20 de outubro de 2024, marcando o final da adaptação anime desta icônica obra de horror de Junji Ito. Embora a série tenha sofrido com problemas de CGI e sequências de animação abaixo da média em alguns momentos, o episódio final trouxe uma conclusão aceitável. Isso se deve, em parte, à duração estendida de 32 minutos, permitindo a adaptação de seis capítulos do mangá.
Apesar de algumas falhas, como a queda de Shuichi nas ruínas em espiral que foi mal animada, o episódio compensou com improvisações, como a estética aterrorizante das ruínas e a adição de um final original no anime, continuando a maldição da espiral para a próxima geração.
Comparação entre o Episódio 4 de Uzumaki e o Mangá
O episódio 4 começou com a adaptação do capítulo 14, onde furacões eram facilmente gerados devido ao lago Dragonfly. Uma diferença notável foi a ausência de envolvimento de Chie com as crianças amarradas. No mangá, ela as liberta e acaba sendo atacada por elas, sendo salva por Kirie e Mitsuo. No anime, essas interações foram cortadas, possivelmente para reduzir a duração da sequência, apesar do episódio ser mais longo do que o esperado.
Em seguida, o episódio adaptou o capítulo 15, intitulado Chaos. Aqui, Kirie e sua família tentam encontrar abrigo depois de serem rejeitados por um refúgio. O anime fez algumas modificações, como a visita de Kirie ao abrigo ocorrer apenas uma vez, enquanto no mangá isso acontece duas vezes. Além disso, o desaparecimento do pai de Kirie no anime foi deixado em aberto, ao contrário do mangá, onde seu destino estava mais claro.
A adaptação dos capítulos 16 a 18 foi relativamente fiel ao mangá, com transições diretas dos painéis para o formato animado.
O Impacto Visual das Ruínas em Espiral e a Queda de Shuichi
A parte final do episódio 4 adaptou o crucial capítulo 19, onde as ruínas em espiral são finalmente reveladas. A expectativa era que o anime capturasse a verdadeira essência da maldição da espiral, mas antes dessa cena, houve uma falha notável na animação. Quando Shuichi tenta salvar Kirie de um ataque, ele cai das escadas de uma maneira que foi representada apenas como uma imagem estática, sem uma sequência animada adequada. Isso se tornou um dos maiores erros de produção do episódio.
Por outro lado, as ruínas em espiral receberam uma animação hipnotizante, com efeitos de alucinação que intensificaram o terror da maldição. No mangá, as ruínas foram mostradas em uma página dupla, o que dificultou a visualização completa da cena para alguns leitores. No anime, essa adaptação visual trouxe uma dimensão adicional de horror, provocando náusea e desconforto nos espectadores, algo que muitos fãs não esperavam.
Cena Original do Anime: A Continuidade da Maldição
Em vez de adaptar o capítulo perdido Galaxies, o episódio 4 optou por um final original. Séculos após a destruição da vila de Kurouzu, uma nova vila é construída no mesmo local. A história introduz dois novos personagens, Eri e Satoshi, que os fãs interpretam como as reencarnações de Kirie e Shuichi. Diferente do passado, Eri sente o horror da maldição da espiral e sugere que fujam da vila, insinuando que a maldição é eterna e persiste em novas gerações.
Apesar de um final satisfatório no episódio 4, a série Uzumaki não conseguiu corrigir os erros dos episódios 2 e 3, que prejudicaram a experiência geral. Mesmo que o primeiro episódio tenha sido acima da média, o anime falhou em capturar completamente o terror psicológico e visual do mangá. A produção poderia ter se beneficiado de mais episódios, permitindo um ritmo mais adequado. No entanto, considerando o tempo de mais de cinco anos para sua criação, o resultado final deixou a desejar para os fãs de horror.