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Enotria: The Last Song – Análise – Vale a Pena – Review

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Enotria: The Last Song promete ser um dos melhores soulslike de 2024, mas será que o jogo vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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O estúdio Jyamma Games decidiu abrir mão da atmosfera mais sombria que os jogos Soulslike costumam  ter e abraçou o folclore Italiano nesse jogo, trazendo um mapa mais colorido e quase sempre banhado pelo sol, mas que esconde segredos terríveis que você vai descobrindo enquanto explora.

Um bom jogo com alguns problemas iniciais

Enotria: The Last Song – Análise – Vale a Pena – Review
Jyamma Games

Já vou começar o review afirmando que Enotria é um jogo que faz muito bem o que se propõe a fazer, tem um bom combate (que é o que importa nesse tipo de jogo), tem mecânicas inovadoras,  mas sofre de um começo um tanto quanto conturbado e acaba escondendo a joia que o jogo realmente é.

A primeira hora do jogo não faz um bom trabalho te vendendo o produto, a começar pelo tutorial extremamente maçante que jogando textos e mais textos na sua cara em menos de 15 minutos depois de ter iniciado o jogo, isso fez com que eu torcesse o nariz com o tanto de coisa que o game queria que eu decorasse de vez. Junte isso a uma apresentação esquecível da área do tutorial e eu comecei a achar que o jogo ia ser bem arrastado, mas felizmente, eu não poderia estar mais errado.

Ao chegar na primeira área aberta pra exploração foi que o jogo começou a mostrar a sua beleza e o quão legal é explorar as ruas dessas vielas totalmente inspiradas na Itália.

Exploração e combate

Enotria: The Last Song – Análise – Vale a Pena – Review
Jyamma Games
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O mapa é bem vertical e cheio de segredinhos espalhados pelos cantos, a exploração não é difícil e você consegue com certa facilidade matar os inimigos espalhados por aí, o design é genial e superconectado, com vários atalhos colocados de forma inteligente que conectam o mapa inteiro conforme você avança. Em certo momento explorando eu percebi um cantinho que eu não tinha ido e meu queixo caiu ao perceber que esse caminho me levava de volta pra área inicial do jogo.

Já na questão do combate, ele tem tudo que um Soulslike comum vai ter, como ataque leve, ataque pesado, parry e afins. Mas Enotria tem algumas coisas interessantes que fazem ele ser único, como a mecânica das máscaras que praticamente troca seus atributos e faz sua classe ser flexível, podendo equipar até 3 máscaras ao mesmo tempo e alternar elas rapidamente.

Também temos cerca de 65 habilidades que você desbloqueia enquanto avança no jogo, mas só pode equipar 4 delas ao mesmo tempo, exigindo que o jogador escolha bem que tipo de habilidade ele vai precisar pra situação.

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Enotria: The Last Song – Análise – Vale a Pena – Review
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O charme de Enotria é que todas essas mecânicas fazem com que o jogo praticamente não tenha uma build engessada de forma tradicional. Até tem os atributos que você precisa upar com EXP, mas a mecânica de máscaras e as habilidades serem escolhidas a qualquer momento durante o jogo faz ele ter uma gameplay única em meio a essa enxurrada de Soulslikes que temos hoje em dia.

A exploração e o combate de Enotria são verdadeiramente bons, mas isso fica meio que escondido atrás das coisas não serem nada intuitivas e super confusas no começo. É muita informação que o jogo quer que você decore ao mesmo tempo, mas depois que se acostuma com as mecânicas de combate, o jogo genuinamente se torna um dos melhores soulslike da atualidade.

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Outra coisa que vale ressaltar sobre o combate é que ele é bem fácil pros padrões de jogos Soulslike, existe um certo desafio na exploração, mas muitas das mecânicas que citei acima eu estou subutilizando porque simplesmente não precisa. O parry é muito fácil de acertar e você pode confiar nele consistentemente e da pra matar inimigos bem mais fortes que você só aparando os ataques deles.

Apresentação audiovisual

Jyamma Games

Mudando de tópico e falando sobre os gráficos do jogo, a direção de arte é boa, as texturas e objetos no mapa são bem feitos, mas a iluminação deixa muito a desejar. A análise foi feita no PC com tudo no máximo e o que se pode notar é que a iluminação é rudimentar, as sombras não são coerentes e deixa tudo meio estranho. Esse geralmente é o tipo de coisa que nem mencionamos em review, mas tava tão estranho que vale a menção e isso acabou prejudicando a forma como o jogo se apresentava e segurando o potencial gráfico dele.

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No quesito de animações e fluidez o jogo também deixa a desejar um pouco, não é nada desastroso mas vira e mexe você percebe os inimigos esquecendo o que eles iam fazer, travados no lugar e as animações não são tão fluídas assim, um bom exemplo é a forma completamente desajeitada que nosso personagem tenta pular as plataformas.

Em alguns momentos, a poluição visual incomodou um pouco também, certos chefes levantavam tanta poeira da arena que eu não conseguia enxergar um palmo na minha frente e era obrigado a recuar pra não tomar um ataque de graça.

No quesito áudio, o jogo é competente, não é nada super espetacular mas eu considero acima da média. Com boas músicas e bons efeitos de áudio, o som das armas acertando os inimigos é satisfatório e contribui positivamente pra experiência do combate.

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O jogo não tem dublagem em português brasileiro, mas tem legendas e não consegui notar nenhum tipo de erro grave de tradução.

Problema grave: bugs

Pra finalizar, gostaria de falar sobre os bugs do jogo, que infelizmente são muitos e alguns atrapalham bastante a gameplay. Inúmeros bugs de textura flickando aconteceram durante a gameplay, inimigos aparecendo do nada na sua frente, IA de chefes simplesmente desligando e etc.

Mas teve um bug bem chato que fez o atalho que eu desbloqueei no mapa ficar bloqueado de novo, me obrigando a fazer um trecho inteiro do jogo novamente. Claramente está faltando polimento no jogo e a desenvolvedora sabe disso muito bem.

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Eles nos avisaram de alguns desses bugs e prometeram que vão trabalhar para consertar até o lançamento. Nos resta torcer para que eles consigam cumprir o prazo e que vocês joguem sem nada do que mencionei acima, mas fica aqui o relato de que a build que eu joguei estava bem problemática nesse sentido.

Mas e aí, Enotria: The Last Song vale a pena?

Jyamma Games

Enotria começou de forma ruim e não soube apresentar bem os seus pontos positivos, mas com um pouco de paciência ele se mostrou um dos melhores combates entre os soulslike da atualidade. O jogo tem mecânicas inovadoras, uma boa variedade de armas, um map design impressionante e que vai te fazer ficar horas e horas explorando esse cenário bem feito.

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Alguns problemas técnicos existem e incomodam, como a iluminação ruim, animações esquisitas e afins. Mas ao meu ver, isso não tira o brilho do jogo e ele acerta muito bem no que se propõe a fazer, se tornando uma excelente recomendação para fãs de Soullike.

Resumo para os preguiçosos

Enotria: The Last Song é um Soulslike extremamente consistente, com um combate muito satisfatório de jogar, gráficos bonitos e uma direção de arte belíssima.

O jogo tem um começo ruim, mas se você der uma chance e tentar entender como funciona as mecânicas, não vai se arrepender.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate
  • Mecânicas inovadoras
  • Direção de arte
  • Design do mapa
  • Variedade de armas

Contras

  • Iluminação ruim
  • Animações travadas
  • Inicio de jogo ruim
  • Tutorial maçante
  • Bugs
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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.