Tomb Raider é um dos maiores clássicos do mundo dos jogos e Lara Croft conquistou o coração de muitos gamers da saudosista era do Playstation 1. A remasterização dos 3 primeiros jogos promete trazer uma experiência moderna para os jogos, com controles melhores e uma resolução de imagem maior, mas será que vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
Uma cápsula do tempo cheia de nostalgia
A trilogia remasterizada de Tomb Raider é uma cápsula do tempo, oferecendo uma ponte para o passado glorioso dos videogames, enquanto tenta se adaptar sutilmente ao presente.
Desde o seu início em 1996, Tomb Raider foi um marco, definindo padrões para aventuras em 3D com sua heroína inesquecível, Lara Croft. Essa coleção remasterizada, abrangendo os três primeiros jogos e suas expansões, tenta trazer tanto veteranos quanto novatos para a exploração dos mundos repletos de armadilhas, puzzles e ação, agora com visuais atualizados e melhorias de jogabilidade.
A remasterização traz Tomb Raider I, II e III, oferecendo uma quantidade impressionante de conteúdo. É importante ressaltar que, apesar das melhorias gráficas e de controles atualizados, a ideia desse remaster é ser algo com um orçamento menor e preservar a essência dos jogos, que permanece intocada, pixel por pixel, preservando as características originais, para o bem ou para o mal.
Os visuais remasterizados são o destaque, com texturas, modelos de personagens e iluminação significativamente aprimorados. A possibilidade de alternar entre os gráficos originais e remasterizados a qualquer momento não apenas demonstra o carinho e cuidado que tiveram com os fãs, mas também traz uma forte nostalgia.
Ao apertar o botão de opções no PS5 o jogo alterna automaticamente para os gráficos originais de forma bem rápida e fluída, permitindo que você compare a versão nova com a antiga ou até mesmo jogue com os gráficos originais se quiser, e nos menus é possível mudar os controles para algo mais moderno ou manter a versão legacy dos comandos.
Ainda assim, alguns desafios de design, como a iluminação excessivamente realista que pode dificultar a visibilidade em certas áreas, e problemas com a câmera, lembram-nos de que esta é, em sua essência, uma experiência dos anos 90.
A jogabilidade é onde os fãs se dividirão. Os controles arcaicos e o design de jogo podem afastar aqueles sem um carinho especial por títulos retrô, mas para os fãs ou aqueles dispostos a superar a curva de aprendizado, Tomb Raider I-III Remastered é um convite irresistível para mergulhar no mundo cheio de armadilhas de Lara Croft.
O combate, frequentemente apontado como o ponto fraco dos jogos originais, permanece o mesmo e é bem desafiador, com uma mecânica que exige estratégia e paciência. Mesmo utilizando a opção de controles modernos, vira e mexe você vai ficar perdido tentando acertar balas no inimigo, é necessário ter paciência e pensar bem no que vai fazer, já que você está praticamente lutando contra o inimigo e a engine do jogo ao mesmo tempo.
Algo interessante nesse remaster foi a abordagem das questões sensíveis de representações raciais desatualizadas que os jogos originais tem, especialmente em Tomb Raider III, a decisão da Aspyr e da Crystal Dynamics de manter esses elementos com um aviso de conteúdo é uma escolha que respeita a história dos jogos, ao mesmo tempo em que reconhece a evolução dos padrões culturais.
Embora cada jogo da trilogia tenha seus pontos altos e baixos, com Tomb Raider II frequentemente citado como o favorito entre os fãs pela sua variedade de locais e desafios, a coleção como um todo oferece uma experiência muito divertida para os antigos fãs da franquia, eu mesmo não tinha tocado nesses jogos desde a minha infância e poder experimentar eles novamente dessa forma foi algo gratificante.
Uma ótima adição para nós brasileiros foi a inclusão de legendas em português, coisa que não tínhamos nos lançamentos originais. É algo simples e que reforça como tentaram entregar um bom produto para os fãs de longa data, sem tentar vender o jogo como algo totalmente novo e sim como um simples remastered em homenagem aos fãs.
O preço da coletânea também reflete isso, que lá fora é vendida por 30 dolares e na PS Store do Brasil está saindo por R$ 159 reais (ou 88 reais na steam), um preço que ainda acho caro, mas é menos do que o praticado por aqui recentemente.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela Publisher.
Resumo para os preguiçosos
Tomb Raider I–III Remastered é uma carta de amor para os antigos fãs da franquia, trazendo novos visuais e controles modernos para poder experienciar novamente esses jogos tão queridos.
Algumas partes sofrem com problemas visuais nas sombras que escurecem demais alguns cenários e mesmo os controles mais modernos ainda vão te fazer passar raiva em certos momentos, mas é uma pedida obrigatória para quem jogou os 3 na saudosista era do PS1.
Prós
- Alternar entre gráfico novo e antigo
- Controles modernizados
- Fiel a experiência original
Contras
- Problemas visuais com as sombras
- Mesmo os controles modernizados são frustrantes