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The Waking Dead: Season 2 – No Going Back – Review

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Atenção: Spoilers do capítulo na linha abaixo. Não leia se você não quer saber o que acontece. Se ler, não reclame. Se reclamar, leva chumbo.

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A Telltale liberou mais cedo o último episódio de The Walking Dead e… eu ainda não acredito que o capítulo terminou daquela maneira. Desde o começo da temporada, eu fiquei com aquela sensação de que a Telltale não sabia exatamente o que ela queria fazer com essa temporada, que a franquia poderia ter muito bem sido encerrada com apenas um capítulo, afinal, havia um senso de “estamos indo de A até B, agora só falta preencher esse caminho”. De alguma maneira, a companhia perdeu isso na segunda temporada, e esse capítulo sintetiza bem o que a temporada inteira foi.

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No Going Back começa exatamente onde o último capítulo havia terminado. O tiroteio entre o grupo de Clementine e de Arvo é logo resolvido e nós voltamos à necessidade básica do jogo: sobreviver e enfrentar mais problemas pessoais entre o grupo. Se você achava que Kenny estava estragado nos capítulos anteriores, parece que ele se perde totalmente nesse último. O personagem fica mais revoltado com tudo e com todos, e novamente só ouve Clementine.

  • Nome: The Walking Dead: Season 2 – No Going Back
  • Plataformas: PC, PS3, Xbox 360, iPhone, iPad, PlayStation Vita
  • Desenvolvedora/Publisher: Telltale Games/Telltale Games
  • Lançamento: 26 de agosto de 2014

Agora, o grupo deve encontrar mais uma vez lugar para se esconder e ainda por cima cuidar de um bebê, afinal de contas, um pouco de drama e distração é necessário num grupo de adultos (e Clementine) capazes. Para complicar um pouco mais as coisas também, Luke leva um tiro na perna, o que infelizmente grita com toda a força que logo mais ele irá bater as botas…

Felizmente, aqui há um momento interessante no jogo, onde todos conversam e quase viram uma família, quase. Infelizmente, logo o caos volta e então voltamos a Luke e às minhas reticências do parágrafo acima, pois ele vai bater as botas.

E é exatamente o que isso acontece minutos depois. Eu não sei se a Telltale está perdendo um pouco a criatividade ou está ficando previsível demais. Quando o grupo encontrou aquele lago congelado, estava na cara que Luke iria dançar. A cena da morte dele é triste, ainda mais se você tenta salva-lo a todo custo, mas infelizmente para nós, Luke era um personagem legal demais para ser mantido vivo, e lá se foi ele.

O pior é que a companhia não pareceu lá muito consistente com os personagens nesse último capítulo. Após todo o crescente drama envolvendo Kenny e a vontade dele de matar Arvo (que merecia, pois foi graças a ele que Luke bateu as botas), Mike e Bonnie simplesmente decidem abandonar o grupo e fugir com todas as coisas com… Arvo! Isso, o russo que gerou boa parte dos problemas e que quase matou todo mundo, é exatamente com ele que os dois decidem fugir. Que bela bosta de ideia. Mike nunca deu a impressão de ser tão burro assim até esse episódio, e Bonnie sempre teve uma personalidade destrutiva, mas que se aproveitava de tudo para sobreviver. Fugir com um russo magrelo com uma perna ferrada não parece entrar nesse perfil, parece?

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O pior é que a companhia ainda tentou brincar com os nossos sentimentos e nos faz voltar pro passado, quando Clem ainda estava com Lee, num momento tocante, mas que serve mais para nos fazer sentir vontade de estar jogando algo com a qualidade da primeira temporada do que nos emocionar. Eu fiquei realmente puto nessa hora, pois achei que Clementine estava indo dessa pra melhor. Felizmente, a Telltale foi esperta o suficiente para não fazer isso com nossa heroína.

Infelizmente, porém, o que segue disso é uma sucessão de desgraças. Kenny está cada vez mais louco e irresponsável e parece que cada coisa de negativo que acontece só serve para deixa-lo pior. Ele e Jane continuam brigando e é óbvio que os dois personagens mais opostos do grupo iriam começar a se matar, não é?

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Pois é exatamente isso o que acontece, o grande momento, onde você tem que decidir entre um ou outro. A briga em si é interessante pelo fato de novamente mostrar que o que a Clementine, uma garota, quer, não importa. Os dois brigam apesar dos maiores protestos dela, até que cabe a você decidir o que fazer. Kenny era um personagem que tinha que morrer, e é claro que ele iria acabar morrendo pelas suas mãos. O problema é que após isso o jogo te dá uma opção de escolha e acaba. Ponto, acabou a segunda temporada.

A sensação que eu fiquei foi essa: a Telltale foi escrevendo o roteiro conforme eles foram lançando os capítulos e não souberam direito o que eles queriam contar nessa temporada. Ela foi sobre o que? A morte de Kenny? Como ele viveu muito mais do que ele mesmo quis? O crescimento de Clementine? Como Jane era uma grandissíssima pau no cu? Eu não sei, e ainda estou tentando descobrir, pra falar a verdade.

No fim, o jogo te dá a opção de três finais, mas infelizmente apenas um deles realmente é bom. Um deles é bem ok e o terceiro é completamente ridículo. Eu não vou estragar os finais, já que é possível ve-los numa boa com a função rewind do jogo, mas no fim, eu só posso dizer uma coisa: de certa forma, eu esperava mais. Bem mais, mas pelo menos a temporada avisou que ela não ia ser tão boa como a primeira desde o primeiro episódio. Bobo fui eu de achar que isso poderia mudar no capítulo final, ainda mais se você escolher um dos dois finais que te deixa mais ainda com essa impressão.

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Resumo para os preguiçosos

The Walking Dead: Season 2 termina de maneira semelhante à primeira temporada (pelo menos na cena final) mas perde bastante em comparação ela. É mais um episódio de mais do mesmo, e isso é bom se você gosta de mais do mesmo, mas nem parece direito uma conclusão. Como eu já havia dito antes, parece que a Telltale não sabia direito o que queria quando começou essa temporada, e a conclusão não ajuda em nada a contradizer essa afirmação. Esperemos que eles corrijam isso na já confirmada terceira temporada de The Walking Dead.

Prós

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+ Múltiplos finais, apesar de apenas um deles realmente ser bom

Contras

– Conclusão extremamente fraca
– Mais do mesmo, sem um objetivo claro
– Pareceu mais um episódio de meio de temporada
– Personagens agindo contra suas naturezas.

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Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

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Contras

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.