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Powkiddy V90 – Análise – Vale a Pena – Review

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O Powkiddy V90 é um portátil de emulação de entrada, que custa entre 150 e 200 reais, dependendo da promoção que você encontra no Ali Express. Por um preço tão baixo para um gadget desse tipo, é de se espera uma performance modesta dele, mas será que ele pode surpreender? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Confira nossa análise do Powkiddy V90 em vídeo

Aviso de Ética

Todas as análises do Critical Hits (hardware e software) não têm intenção publicitária, e sim uma avaliação isenta do produto em questão. Cabe a você decidir se este produto vale a pena ou não, baseado no que você ler aqui, em outros sites e nas suas próprias conclusões.

Este portátil foi comprado por mim no Ali Express.

Primeiras impressões

Observação: para desbloquear o poder do seu V90, siga este guia aqui, que ensina a atualizar os emuladores e o firmware do portátil.

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O Powkiddy V90 é um portátil bastante semelhante a um GBA SP. Por ser de flip, ele é bastante compacto, e cabe no bolso sem incomodar muito, sendo bom para se carregar por aí.

Por ser compacto, dá pra imaginar que ele não é tão confortável assim, e, realmente, para longas sessões de jogatina ele está longe de ser o portátil ideal, a menos que você tenha mãos pequenas, o que acaba não sendo muito o meu caso.

A tela do portátil é uma tela de 3 polegadas, que não chega a ser pequena, de 320×240. No software original do V90, ela conta com uma quantidade irritante de screen tearing, que foi atenuada ao máximo no firmware customizado da Miyoo para ele, felizmente.

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Os botões dele são bons o suficiente e na revisão mais recente do hardware, ele recebeu botões L2 e R2, mas curiosamente a Powkiddy não implementou esses botões no sistema operacional do portátil, ou seja, você tem que baixar um arquivo editado pela comunidade do Powkiddy para que esses botões passem a ser reconhecidos e assim mapeados pelos emuladores.

Esse, aliás, é o grande defeito do portátil: a Powkiddy fez o mínimo do mínimo nele, e quem teve que consertar e “desbloquear” o potencial dele foi a comunidade. Dessa forma, o V90 não é um portátil para iniciantes, infelizmente, e sim para quem tem mais familiaridade com computadores e softwares como editores de partição de disco, gravadores de imagens e assim por diante, pois para fazê-lo funcionar como ele pode, você terá que gastar uma horinha ou duas baixando atualizações e customizações para ele.

Outro ponto a ressaltar é que ele tem um som bem baixo, e qualquer barulho já torna difícil ouvir a música de muitos dos jogos disponíveis nele.

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Desempenho

O Powkiddy V90 é um portátil muito interessante para o preço dele. Custando entre 150 a 200 reais, dependendo da promoção que você consegue no Ali Express, você tem um portátil que, no firmware original, consegue emular consoles de 8 bit (como NES, Master System, Game Gear, Game Boy e Game Boy Color), Mega Drive e Game Boy Advance.

Além desses dois, ele também vem com emuladores de SNES e PS1, mas a performance deles não é boa, e são poucos jogos que funcionam de acordo no emulador.

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Felizmente, a comunidade lançou uma série de atualizações para os emuladores disponíveis para ele, adicionando funcionalidades e aumentando o desempenho deles também.

Com essa atualização, praticamente todos os jogos de SNES funcionam, alguns usando o emulador SNES9X4D e outros usando o DrPocketSNES.

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Há alguns jogos em que você precisará fazer certos ajustes, como desligar as transparências (como no mapa de Chrono Trigger, como eu demonstro no review em vídeo) para que ele funcione a 60 FPS, mas mesmo nos 40 a 45 em que ele roda com as transparências ativadas, isso não chega a incomodar tanto assim pois estamos falando de navegação no mapa do jogo.

Além do SNES, ainda temos o PS1, que é uma plataforma que não deveria rodar no Powkiddy V90 pois ele tem um processador que varia entre 700 e 800 MHz, ou seja, menos da metade do que deveria ser necessário para conseguir fazer os jogos desse console funcionarem de acordo, mas de alguma forma, um membro da comunidade conseguiu torturar o PCSX ReARMed o suficiente para que ele conseguisse entregar um desempenho aceitável na maioria dos 120 “melhores” jogos do console (segundo uma lista do GameFAQs que ele pegou ao menos, mas Jackie Chan Stuntmaster ficou de fora, então os fãs brasileiros vão discordar dessa lista).

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Graças a essa lista de configurações, dá pra jogar a maioria dos jogos de PS1 inclusos nesses arquivos configuráveis, apesar de que alguns ainda assim continuam injogáveis, como os Crash Bandicoot e Spyro, mas eu fiquei realmente surpreso ao ver o V90 rodando Resident Evil 2, Final Fantasy 7 e até mesmo Vagrant Story, um dos jogos mais pesados do PS1. A 150 reais, isso é realmente surpreendente.

Conclusões finais

O Powkiddy V90 consegue entregar muito mais do que é possível imaginar com um hardware e um preço modesto, mas para isso, ele exige que você tenha conhecimento técnico de como gravar as atualizações de firmware e emuladores nele.

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Dessa forma, ele é um portátil meio paradoxal, onde não é um bom primeiro portátil para se comprar, mas se você já tiver um melhor e mais pronto que ele, não faz sentido comprá-lo depois disso. Quer dizer que ele não deveria existir? Não, mas saiba que se ele for o seu primeiro portátil de emulação, você terá que mexer bastante nele até conseguir desbloquear o potencial latente dele, e que não é só abrir o pacote do Ali Express e sair jogando Chrono Trigger, por exemplo.

Resumo para os preguiçosos

O Powkiddy V90 é um portátil bem interessante, mas que exige bastante conhecimento técnico para que você consiga fazê-lo funcionar da melhor forma possível. Para tanto, você tem que seguir tutoriais de como instalar firmware customizado e atualizar os emuladores, e aí fazer algumas configurações dentro desses emuladores para que eles funcionem de acordo, ou seja, é um portátil que é barato, mas que exige que você coloque trabalho em cima dele.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Preço acessível
  • Performance surpreendente pro preço

Contras

  • Som muito baixo
  • Bateria dura pouco
  • Não é um portátil amigável com iniciantes
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.