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Resogun – Review

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Sabe aqueles momentos em que a ação na tela é tão rápida e constante que você mal consegue piscar, e seu olho chega a lacrimejar? Então, isso é basicamente Resogun 86,8% do tempo.

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A premissa é simples: controlar uma navezinha e salvar os humanos. Mas o pessoal da Housemarque, excelente estúdio que fez os clássicos da série Stardust e Dead Nation, conseguiu pegar essa ideia básica e construir uma experiencia altamente viciante e estimulante. Não se engane, o jogo não é fácil, mas ele não é impossível. Falaremos disso mais a frente.

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Resogun foi um dos títulos de lançamento do PlayStation 4. O jogo é um “sucessor espiritual” da série Stardust, mas com algumas diferenças simples. Ele é considerado por muitos como o melhor título disponível na época do lançamento do console, e até mesmo ainda hoje, apesar da presença de excelentes jogos como Infamous: Second Son e outros. O sistema caiu como uma luva para o jogo, que fez muito bem para os gráficos, como eu falarei mais adiante.

A mecânica do jogo é ao mesmo tempo simples e bem elaborada. Com um analógico, o jogador controla a direção que a nave voa. Com o outro, para que lado ela atira. Porém, só é possível atirar para a esquerda ou direita. Isso faz com que o jogador esteja muito mais atento com o que acontece ao seu redor. Se um inimigo vem por cima, não é possível simplesmente atirar naquela direção. Você precisará se movimentar para ficar na mesma linha do inimigo e, assim, poder explodi-lo com sucesso. Essa “limitação” deixa o jogo muito mais dinâmico e frenético, exigindo total atenção do jogador, principalmente em momentos que a tela está cheia de inimigos.

Além de atirar, o piloto tem a opção de lançar uma bomba que limpa a tela inteira, mas o uso dela é limitado. Também é possível usar um propulsor para sair de situações complicadas. Enquanto sua nave voa ainda mais rápido com a impulsão, ela destrói qualquer inimigo no caminho dela, possibilitando ainda mais maneiras de exterminar as outras naves. Por último, sua nave tem a capacidade de usar um “charger”, que dispara uma rajada que acaba com os inimigos de forma muito mais eficaz, além de diminuir a velocidade deles enquanto está ativado.

A história do jogo é essa: “Save the last humans”. É isso que você ouve ao inicio de cada uma das 5 fases diferentes. O mais engraçado é que é possível virar o jogo sem salvar nenhum humano. O real objetivo em Resogun é acabar com todas as ondas de inimigos e, no final, com o chefão. Porém, salvar humanos dá alguns bônus, como vidas e bombas extras e um aumento na pontuação. Para salvá-los, é preciso liberar eles de suas prisões. Isso é feito matando os “keepers” ou, em alguns casos específicos, tendo um multiplicador de pontos determinado.

A dificuldade vai aumentando com cada fase, com os inimigos se tornando mais perigosos e numerosos. Pena que isso não acontece com os chefões também. Entre os 5, eu diria que apenas 2 são realmente difíceis, e eles não são os dois últimos. As vezes é frustrante suar a camiseta para chegar no chefão, limpando a fase com dificuldade para chegar no inimigo final e eliminá-lo com facilidade. Um dos poucos defeitos desse jogo viciante.

E olha, que jogo viciante. Mesmo nas fases mais avançadas, onde a dificuldade é bem elevada, não há a sensação de que o jogo está simplesmente te sacaneando e enchendo a tela pra causar sua morte. É preciso bastante prática para conseguir vencer os níveis (claro, considerando a dificuldade que o jogo está sendo jogado), e a morte te dá isso. A sensação após perder o jogo não é de raiva, e sim uma vontade de tentar novamente, tentar uma estratégia diferente. Não sei ao certo quantas vezes eu tentei vencer a última fase, mas foram umas boas horas tentando, e a tensão de conseguir chegar no chefão é incomparável. E o melhor, a realização quando você finalmente derrota ele é o que faz Resogun tão bom.

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resogun

Graficamente, esse jogo só conseguiria ser o que ele é nessa geração de consoles. A quantidade de partículas renderizadas é imensa, e o PlayStation 4 trabalha muito bem, desenhando essa imensidão de detalhes sem baixar a taxa de quadros ou coisa parecida. Explodir certos inimigos e ver aquele número absurdo de partículas voando pela tela é lindo, e nos dá uma das primeiras provas do que essa geração é capaz de fazer. A trilha sonora é exatamente o que se pode esperar de um jogo desse estilo, com músicas vibrantes e dinâmicas, mas também nada excepcional.

Resumo para os preguiçosos

Resogun é um jogo incrivelmente viciante e nervoso, que encoraja o método de tentativa e erro, além de ser altamente rejogável. Com gráficos excelentes e uma mecânica de jogo impecável, o título da Housemarque se coloca entre os melhores títulos do console, se é que não o melhor.

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Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ação constante e viciante
  • Mecânica de jogo impecável
  • Gráficos excelentes

Contras

  • Chefões são, as vezes, mais fáceis que as fases
  • Relativamente curto
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Leonardo Koakowski
Leonardo Koakowskihttp://criticalhits.com.br
Sonysta, Sommelier de Destiny e Cyber Atleta de final de semana de Rocket League