Fala, galera, tudo bom com vocês? Dando sequência à nossa série de artigos que falam sobre as melhores franquias iniciadas na geração passada (e que você deveria jogar, afinal de contas, elas são sensacionais), hoje eu vou falar um pouco de Demon’s Souls e de Dark Souls, duas franquias que na verdade saíram do mesmo lugar e por uma ser sequência espiritual da outra, merecem ser tratadas juntas.
Demon’s/Dark Souls – dificuldade brutal extremamente recompensante
Tanto Demon’s Souls quanto Dark Souls são jogos bastante peculiares e que fogem um pouco ao que tradicionalmente acontece nos jogos atuais, onde ele te carrega por uma parte inicial da aventura para você pelo menos saber o que fazer. Aqui, os jogos te contam pouco, e você vai aprendendo na tentativa e erro (e muitas mortes) para onde ir, que inimigos são ou não para ser enfrentados e “o que diabos fazer para passar daquela parte idiota que te trancou há mais de meia hora”.
Para isso, você precisa ser perspicaz, falar com todos os NPCs repetidas vezes, prestar atenção aos cenários, ao que os ambientes têm a te oferecer e, acima de tudo, ir melhorando suas habilidades de combate. Dark Souls e Demon’s Souls são jogos onde a habilidade conta muito mais do que quantos níveis você acumulou durante a jornada.
Por que Demon’s/Dark Souls é ótimo?
A franquia Souls é única exatamente por causa da dificuldade. O jogo vai bater em você e despertar diversas emoções, tanto boas quanto ruins. Você provavelmente vai dizer “mas que c*ralhos, por que eu não consigo passaaaaar!?” algumas vezes durante a jogatina, mas isso é normal. O jogo é assim. Essa é uma franquia que te leva ao limite, mas que usa técnicas inteligentes para isso. Ao invés de confiar no burro “vamos encher de inimigos na tela e o jogador que se foda para matar todo mundo”, o jogo encontra uma porrada de maneiras diferentes de te desafiar, de fazer você provar que é uma cabeça pensante, ao invés dum vegetal que só fica apertando X infinitas vezes.
Soma-se a essa abordagem uma narrativa sensacional do que ocorre no mundo, que é contada somente para quem realmente quer saber de tudo, seja procurando em livros, descrições de itens, falas de personagens e afins. Como diria o ditado, o Diabo está nos detalhes, e Demon’s/Dark Souls é o diabo nesse quesito.
Outro motivo pelo qual a franquia é excelente é o multiplayer dela. Aqui, ele funciona com mensagens enviadas entre os jogos, com dicas do que você deve ou não fazer, para onde seguir, algum segredo que possa ser revelado naquela parede, etc. Além disso, há um esquema de invasão de mundos e de cooperação único, onde você pode entrar no mundo de outro jogador para ajudá-lo ou para atrapalhar a jogada dele, desafiando-o num duelo de vida ou morte.
Para completar, esse é um jogo muito mais profundo do que você imagina, com uma grande mitologia, inimigos cujas razões você desconhece, NPCs que realmente estão ali por um propósito… etc. Demon’s/Dark Souls são jogos que você pode completar facilmente sem prestar atenção a todos esses detalhes e assim assim ser especial. Se você presta atenção a eles, o nível de carinho pela série dispara.
O futuro da franquia
Dark Souls II foi lançado há pouco mais de um mês para Xbox 360 e PS3, e há uma semana para PC. Tendo isso em mente, e o sucesso que o jogo fez, tanto na crítica quanto no público, é seguro dizer que Dark Souls III muito provavelmente é um fato. O único problema é que a From Software foi vendida hoje. Como a franquia provavelmente é da Namco Bandai, ela irá colocar outra empresa para desenvolver essa sequência, o que acaba colocando algumas dúvidas quanto à qualidade de um terceiro título.
Soma-se a isso alguns rumores de que Hidetaka Miyazaki, criador da franquia, estaria trabalhando numa sequência de Demon’s Souls com exclusividade para o PlayStation 4. Se isso realmente for verdade, o futuro imediato, ao menos, está garantido, mas, como não há nada confirmado ainda além da venda da From Software, o futuro da franquia Souls é uma grande interrogação.
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