Entra ano e sai ano, sempre esperamos que os novos jogos que chegam às lojas sejam bons o bastante para valer nosso tempo e dinheiro. No entanto, a realidade é que muitos games nem sempre cumprem as expectativas, seja pela falta de tempo, recursos ou pela simples falta de habilidade de seus criadores.
Com isso, todo ano as lojas acabam inundadas de títulos que não valem muito a pena. Mas essa lista não é somente sobre os games que decepcionaram, mas sim sobre aqueles que são tão ruins que, no fim das contas, era uma ideia melhor ver o filme do Pelé. Confira nossa seleção e não deixe de comentar sobre qual foi o pior game de 2022 em sua opinião.
Os 10 piores jogos de 2022
The Last Oricru
Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC
Data de lançamento: 13 de outubro de 2022
Você sabe que um jogo tem problemas quando, em sua tela de evolução, ele alerta para não investir pontos em certos status porque eles não têm nenhum efeito no gameplay. Querendo ser uma mistura entre um game no estilo Souls com um RPG denso, The Last Oricru falha em tudo o que se propõe e simplesmente não é divertido.
Para piorar, o game tem uma jogabilidade bizarra com inimigos que atacam o ar e parecem ver todos os seus movimentos sem nenhum limite. Os desenvolvedores afirmam que entenderam as críticas e vão continuar trabalhando em melhorias, mas não dá para botar muita fé no futuro do trabalho da GoldKnights no momento atual.
Babylon’s Fall
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation e PC
Data de lançamento: 3 de março de 2022
Ao menos no papel, Babylon’s Fall tinha muitos elementos para se tornar um jogo divertido. No entanto, o game feito pelo mesmo estúdio que assinou Nier Automata e Bayonetta é uma experiência rasa, repetitiva e tão feia que parece que sua televisão ou monitor estão passando por algum problema.
Para piorar, a Square Enix encheu o game como serviço com tantas microtransações e ofertas que ela nem se deu ao trabalho de disfarçar que seu objetivo não era tirar o máximo de dinheiro dos jogadores. Somando tudo isso a um sistema online que mal funcionava, o resultado foi um game que já parou de ser vendido e deve ter seus servidores desligados no fim de fevereiro.
Gotham Knights
Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC
Data de lançamento: 21 de outubro de 2022
De todos os jogos desta lista, Gotham Knights é o que mais comete o pecado de ser um jogo que tinha muito potencial que não foi alcançado. Tirando de lado os vários problemas técnicos do game, o que sobra é uma aventura de mundo aberto pouco inspirada e com um sistema de combate bastante decepcionante.
A ideia de ter quatro protagonistas diferentes é legal no papel, mas na prática ela acaba resultando em um jogo com elementos de RPG meio confusos e um pouco desnecessários. Em contrapartida, seria melhor que a Warner Bros. Montréal tivesse mantido os combates da série Arkham em vez de tentar algo que tira completamente o impacto de qualquer luta.
The Waylanders
Plataformas: PC
Data de lançamento: 2 de fevereiro de 2022
Quando The Waylanders entrou no Acesso Antecipado do Steam, ele parecia um jogo com ideias interessantes e que poderiam ficar muito boas em uma versão final mais refinada. No entanto, quando o jogo finalmente chegou às lojas, ficou claro que o Gato Studio não ouviu sua comunidade e não fez nem metade das melhorias que tinha prometido.
O resultado é um game repleto de bugs e com um sistema de combate confuso e desinteressante. Para piorar, a trama que envolve viagens no tempo se mostra cheia de clichês e elementos desenvolvidos com tanta pressa que fica difícil de entender o que está acontecendo. Para quem havia prometido um novo Dragon Age, a empresa acabou entregando somente um RPG bem medíocre.
Crossfire X
Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Data de lançamento: 10 de fevereiro de 2022
Conhecida por jogos de ação excelentes como Alan Wake e Control, a Remedy Entertainment também provou em 2022 que é capaz de entregar experiências bem fraquinhas. Baseado no game free to play de sucesso, Crossfire X tentou trazer um modo campanha para uma série que havia ficado conhecida como um clone bem feito de Counter-Strike.
O resultado foi um jogo com inteligência artificial limitada, fases praticamente vazias e personagens muito mais desenvolvidos. Para piorar, o game tem controles imprecisos e mecânicas de jogo nada interessantes. O lado bom é que, se você quiser algumas conquistas, dá para terminar em três horas cada uma das campanhas, deixando o game de lado para sempre depois disso.
Mozart Requiem
Plataformas: PC
Data de lançamento: 7 de setembro de 2022
Caso você nunca tenha ouvido falar de Mozart: Requiem, a gente te perdoa e pede desculpas por ser os responsáveis por apresentar o game. Esse adventure point and click conta a história do famoso compositor na Praga do século 18, prometendo uma grande conspiração que pode destronar reis e mudar para sempre o destino da Bavaria.
Quando a gente fala que promete, isso é porque o game não é muito emocionante, com uma história que se move na velocidade de uma lesma, gráficos muito feios e uma dublagem constrangedora. É incrível pensar como alguém achou que seria uma boa ideia pegar um jogo pouco conhecido de 2008 e relançá-lo de uma forma tão ruim em pleno ano de 2022.
Elex 2
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
Data de lançamento: 1 de março de 2022
Elex 2 é mais uma história de game que, no papel, até que é interessante, mas na hora do vamos ver decepciona bastante. Sabe aquelas notícias de “veja o conceito de jogo tal rodando na Unreal Engine”, que parece muito bonito, mas fica na cara que falta qualquer conceito de gameplay no que é apresentado? Elex 2 podia muito bem ser isso.
Misturando elementos futuristas com um mundo medieval, o RPG da Piranha Bytes tem mecânicas confusas, uma jogabilidade desbalanceada e menus que fariam jogos do começo dos anos 2000 se sentirem constrangidos. Enquanto muitos diriam que esses toques antiquados fazem parte do charme do estúdio, a impressão que fica cada vez mais que essa é só uma desculpa para passar pano para a mediocridade.
Gungrave G.O.R.E.
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
Data de lançamento: 22 de novembro de 2022
Gungrave G.O.R.E é o famoso caso de uma sequência que quase ninguém pediu pra existir, e, olhando em retrospectiva, era melhor que nem fosse lançada. Baseado em um sucesso cult do PlayStation 2, o game parece ter decidido usar o mesmo tipo de gameplay que já não funcionava muito bem na época e achou que adicionar alguns gráficos modernos bastaria para agradar aos consumidores.
O resultado é um jogo linear, repetitivo e que parece muitas vezes injusto graças a sistemas que não parecem funcionar como deveriam. Para piorar, ele consegue ser fisicamente cansativo por exigir que os jogadores apertem o botão de tiro até ficarem exaustos ou quebrarem seus controles, deixando de lado qualquer preocupação com a acessibilidade ou com a tendinite causada nos jogadores.
Cobra Kai 2: Dojo’s Rising
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
Data de lançamento: 8 de novembro de 2022
Cobra Kai 2 mantém viva a tradição das adaptações de séries e filmes que até podiam ser legais, mas claramente foram feitas com orçamento baixo e pressa demais. Apesar do 2 no título, o game não tem muito a ver com seu antecessor, deixando de lado seus elementos de beat’em up para oferecer uma aventura 3D com exploração mais aberta.
O grande problema do jogo é sua parte técnica quebrada, com direito a problemas de desempenho constantes. Acreditamos no potencial da desenvolvedora brasileira Flux Games, mas não dá para desculpar um game que só roda minimamente bem quando todas as suas texturas precisam ser desligadas usando o menu de debug.
LEGO Brawls
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Data de lançamento: 19 de setembro de 2022
Jogos com a marca LEGO podem nunca ser os melhores lançamentos do ano, mas eles sempre trazem uma experiência divertida para aproveitar com a família. Infelizmente, esse não é o caso de LEGO Brawls, game que tenta simular o mesmo tipo de experiência da série Smash Bros ou, mais recentemente, do sucesso Multiversus.
Infelizmente, o que sobrava de criatividade nos outros jogos desaparece completamente aqui, resultando em um jogo que funciona e não vai muito além disso. LEGO Brawls não é ofensivo nem um desastre do ponto de vista técnico, mas comete o grande pecado de ser simplesmente chato, o que muitas vezes pode ser ainda pior do que ser um jogo ruim.