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Dragon Ball Z: Battle of Z – Review

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Jogos de anime são um nicho de mercado onde é meio complicado avaliar um jogo pois eles costumam ser uma versão um pouco menos pior do que o nicho de jogos de filme, ou seja, voltado para fãs, e não para gamers em geral. A exceção disso costuma ser Dragon Ball Z, já que esse é um anime praticamente universal, que todo mundo guarda boas lembranças. Será que Battle of Z está à altura delas?

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Em Dragon Ball Z: Battle of Z, você controla um dos diversos guerreiros que aparecem na produção de Akira Toriyama em batalhas campais contra outros grupos de inimigos. Há uma porrada de batalhas do jogo recriadas aqui, e várias outras que não existiram. Você começa lutando contra meia dúzia de Saibaimans, logo depois enfrenta Raditz e assim vai, revivendo boa parte dos combates do anime, até a batalha vivenciada nesse último filme de Dragon Ball Z que saiu no ano passado.

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O jogo está bem longe de ser um título de luta tradicional onde você faz meia pra frente e soco para dar magias e afins, já que aqui há uma certa liberdade de movimentação no cenário 3D e de pancadaria na tela. Aqui, você escolhe qual lutador você quer usar (dos que estavam participando das cenas no anime, então você não usa o Goku e o Gohan pra sempre caso você não queira) e pode chamar a ajuda de outros personagens do anime, que vão ser controlados pela máquina para enfrentar um ou mais inimigos do cenário.

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Dependendo do personagem escolhido, ele tem uma espécie de classe, que vai de lutador, focado no combate, a suporte, personagens que podem curar outros lutadores durante a luta, o que poderia dar um grau de complexidade a mais na luta e tornar o jogo um pouco mais interessante, mas como você só controla o seu personagem, isso só acaba valendo um pouco no modo cooperativo, mesmo que não seja realmente necessário para vencer o jogo.

Apesar dessa liberdade toda, é meio estranho batalhar no game. Você tem apenas um botão de ataques físicos e outro de especial. Outros dois botões são usados para voar (um para cima e outro para baixo), além de haver um botão para defesa e outro para aumentar a potência dos seus ataques.

Dependendo da sua ação no campo de batalha, você pode ou não gastar o Ki do seu lutador, que é recuperado de diversas formas, e é parte integral da sua sobrevivência no jogo. O ruim desse sistema escolhido para o combate é que no fim das contas você vai ficar apertando o único botão de ataque diversas vezes, até que a sua barra de especial suba o suficiente para você executar alguma técnica que não chega a tirar tanta energia assim para valer o esforço requerido. Além dessa barra, há uma barra global de especial que permite a você usar as técnicas do seu guerreiro, como um Kame Hame Ha ou algum dos outros ataques. Cada lutador tem o seu.

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Outro ponto meio “meh” do jogo é que, apesar de Dragon Ball Z: Battle of Z ter sido pensado como um jogo de combate entre vários lutadores, as inteligências artificiais em campo são simples demais. Os seus aliados vão passar boa parte do tempo ou curando você (algo útil já que boa parte dos seus inimigos são apelões pra caramba), ou morrendo. Ou seja, mais ou menos como era a vida do Goku no anime.

Aliás, falando ainda da estratégia do jogo, você pode escolher algumas formações de combate, no melhor estilo Pro Evolution Soccer, dizendo para os seus amigos te darem suporte, para você resolver a parada sozinho ou para todo mundo lutar junto. Isso na teoria, claro, pois no fim os lutadores realmente não mudam tanto assim de comportamento. Agora imagine lutar todas as batalhas do anime assim.

Ao fim de cada batalha, você ganha cartas que podem ser equipadas no seu personagem, para dar um gás a mais para ele. Dependendo da carta, você melhora em algum atributo, como Ki, força de ataques, recuperação de energia, etc, mas os incrementos de cada carta dessas são tão marginais que não chegam a ser um diferencial no campo de batalha.

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O jogo obviamente não bem apenas com as batalhas originais de Dragon Ball Z. Um ponto positivo nele é que há bastante conteúdo para manter você entretido, e quando eu digo bastante, é uma cacetada mesmo. Além das batalhas controlando os mocinhos, você ainda pode viver o lado do vilão, controlando Freeza contra Goku, ou enfrentando uma versão Macaco Gigante do Gohan controlando o Vegeta.

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Além desses cenários, ainda há mais uma espécie de realidade alternativa, onde você pode controlar personagens que ninguém dá bola no anime, em batalhas imaginadas pelos autores do game, que obviamente estão ali apenas para encher linguiça. Falando em encher linguiça, ao fim de algumas batalhas, há um modo de envio de energia para outras dimensões de guerreiros Z, onde você apenas precisa ficar apertando o botão B ou O, dependendo do console, e o seu personagem lança uns raiozinhos num portal.

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Dragon Ball Z: Battle of Z não conta com os gráficos mais bonitos do mundo. O jogo usa um cell-shaded que até é bonito, mas bem menos caprichado do que Saint Seiya: Brave Soldiers, da mesma Namco Bandai, por exemplo. Os cenários do jogo são simples até demais, sendo recriações dos campos de batalha bem genéricas, como montanhas e grama. Já no departamento sonoro do jogo também é bem esquecível, com músicas que não incomodam, mas também não agradam tanto assim.

Resumo para os preguiçosos

Dragon Ball Z: Battle of Z, no fim das contas, é um título bem fraco por se repetir demais e ter um combate extremamente raso. O jogo tinha bastante potencial quando foi anunciado, mas passa longe de fazer o que poderia. Apesar disso, há bastante com o que se entreter aqui, então, se você é fã de Goku e Cia, é uma opção válida.

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Muitas missões, muitas mesmo

Contras

  • Combate bem menos interessante do que prometia, e bastante repetitivo
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.