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Infernax – Review

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Não importa quanto tempo passe, alguns jogos da nossa infância sempre terão um lugar guardado no nosso coração. E é justamente neste lugar que Infernax tenta entrar, trazendo mecânicas repletas de nostalgia, com um pinguinho de inovação.

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Desenvolvido pelo Berzek Studio, Infernax conta com uma premissa simples: oferecer uma experiência que mescla as saudosas e clássicas aventuras de Castlevania do Nintendinho, com um certo toque de refinamento e inovação, resultado em um jogo simples, com um sistema de progressão bem diferente.

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A história também não tem muito segredo. O jogador assume o papel de Alcedor, que após voltar para casa se depara com terras devastadas, causadas pela presença de uma seita demoníaca presente na região. Ao invés de virar as costas e ir embora, Alcedor decide resolver o problema, e se coloca a lutar contra hordas de demônios que parecem não ter fim.

Todo esquema de batalha e progressão é similar os jogos clássicos que Infernax usa como inspiração. Progressão lateral, movimentação, e principalmente o combate contra os inimigos mais fracos que aparecem na tela. Contudo, existem algumas diferenças bem significativas que o jogador percebe logo nos primeiros minutos.

Reprodução – The Arcade Crew

A primeira delas é o sistema de escolhas, que permite que Alcedor assuma o papel de herói íntegro – tentando resolver todos os problemas da melhor e mais pura forma possível, ou até mesmo de um herói que está disposto a retomar sua terra, custe o que custar.

Essas escolhas geralmente não possuem tanto impacto no gameplay, mas dão aquela sensação de que sua jornada para salvar o reino é única – ou que pelo menos você poderá ter uma experiência completamente diferente caso decida começar tudo de novo.

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Reprodução: The Arcade Crew

Aliás, o jogo não parece querer esconder que para ter a run perfeita, serão necessárias mais de uma tentativa. Isso não é necessariamente algo ruim, mas vai fazer mais sentido se você tiver algum tipo de apreço pelos jogos mais antigos nos quais Infernax se baseia.

Toda a ambientação do jogo parece ser construída para te manter nesse sentimento de nostalgia. Apesar de não ser tão cruel quanto alguns jogos mais antigos no que diz respeito à dificuldade, Infernax também não pode ser considerado como um passeio no parque, principalmente quando o assunto é derrotar os chefes.

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O principal objetivo é derrotar cinco chefões espalhados pelo mapa, que vão lhe dar a chave para entrar no castelo principal. Mas além deste grande objetivo, Infernax também oferece missões secundárias, que vão servir principalmente para que você desenvolva mais habilidades e fique mais acostumado com os controles do jogo.

Reprodução – The Arcade Crew

O sistema de progressão é bastante simples, mas faz sentido com o que o jogo se propõe. O único problema é conseguir entender para que lado ir primeiro. Apesar do jogos antigos da série Castlevania também não serem um primor no quesito orientação, Infernax pareceu para mim um verdadeiro quebra-cabeças, tamanho desafio que tive para me encontrar no meio dos mapas pixelados.

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Apesar do visual bastante retro, os gráficos 8-bits são bem caprichados e excelentemente animados. Infernax se propõe a ser um jogo violento, com bastante sangue e vísceras. E é exatamente isso que você recebe. A sensação às vezes é de que um jogo 8-bits não poderia ser mais graficamente violento do que o mostrado em Infernax.

Apesar de ter me perdido algumas vezes pelo mapa, não sabendo o que fazer, a exploração de Infernax não é algo necessariamente ruim. Na verdade, apesar de sair procurando NPC’s ou entradas secretas não serem tarefas realmente divertidas, anda pelo mapa consegue ser bastante divertido e agradável.

Reprodução – The Arcade Crew
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Talvez o ponto mais alto do jogo seja a solidez dos seus controles. Desviar dos obstáculos e enfrentar inimigos não é algo tão fácil a ponto de se dominar de primeira. Contudo, também não é algo que demore muito para se dominar. Com o tempo, você consegue sentir confiança suficiente para enfrentar os desafios, e em nenhum momento eu tive a pachorra de morrer e colocar a culpa nos controles.

Outro detalhe interessante sobre Infernax é a sua localização, uma vez que o jogo apresenta legendas em português de alta qualidade. Na verdade, as legadas foram tão bem escritas que muitas vezes Infernax me fez lembrar de The Messenger – que conseguia “traduzir” as piadinhas infames de maneira hilária.

No fim das contas, Infernax consegue surpreender todo mundo que espera um jogo extremamente simples, e satisfazer até mesmo quem espera algo mais refinado ou moderno. Ele oferece uma experiência bastante equilibrada, sólida e concisa, capaz de divertir e desafiar jogadores novatos ou de longa data.

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Resumo para os preguiçosos

Infernax é um jogo simples, porém ambicioso, que tenta oferecer uma experiência equilibrada entre os jogos que o inspiraram, com alguns toques de inovação.

Com uma jogabilidade deliciosa e desafios relativamente balanceados, Infernax pode acabar agradando até mesmo os jogadores que não pegaram os jogos clássicos do NES. O principal desafio, talvez, seja justamente se encontrar no mapa já que o jogo não oferece muita orientação neste sentido.

Contudo, vale ressaltar que apesar de tudo, Infernax tenta ser uma homenagem aos bons e velhos tempos dos jogos em 8-bits. Tenha isso em mente antes de experimenta-lo, uma vez que ele talvez possa acabar não sendo para você!

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Controles refinados e funcionais
  • Jogabilidade simples e divertida
  • Gráficos em 8-Bits muito bem animados e refinados

Contras

  • O mapa as vezes é confuso demais e é muito fácil se perder sem saber com quem falar ou onde entrar.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.