InícioGamesHorizon Forbidden West - Review

Horizon Forbidden West – Review

PUBLICIDADE

Horizon Forbidden West é um jogo que tem uma missão imensa pela frente: provar que ele é um jogo necessário. Quem terminou o primeiro game da franquia, sabia que uma continuação vinha por aí, apesar das grandes questões que pontuavam o jogo original terem sido resolvidas. Como então se fazer necessário e não ser apenas um mais do mesmo? É o que vamos descobrir hoje.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Em Horizon Forbidden West, descobrimos que, apesar de Aloy ter impedido o fim do mundo ao destruir Hades, o mundo não viveu feliz para sempre. A protagonista logo descobriu que o mundo continua em perigo, e que uma espécie de corrupção está se espalhando por tudo e matando tanto as plantas quanto animais.

Para evitar que o mundo acabe, ela parte numa jornada procurando por um backup de Gaia, para reiniciar a biosfera do planeta, e agora, seis meses depois desse começo de jornada, você decide ir até o Oeste Proibido, pois é lá onde a solução para os problemas se encontra.

Horizon Forbidden West - Review
Divulgação: Guerrilla Games/Sony

E é exatamente aí onde praticamente 99% do jogo acontece. O Oeste Proibido tem esse nome por ser terra de uma série de tribos selvagens, que estiveram em guerra com os Carja no passado e que agora se encontram numa tensa paz com eles. O jogo engloba partes do Oeste dos Estados Unidos, mais especificamente os estados de Utah, Nevada e da Califórnia, e você provavelmente vai reconhecer alguns pontos importantes deles conforme explora o jogo.

Neste novo cenário, praticamente tudo o que povoa ele é novo, ou seja, novos inimigos, novas tribos, novas armas, etc. O que foi reaproveitado do jogo anterior basicamente são as estruturas básicas do jogo, ou seja, movimentação, navegação por cidades, partes do combate e coisas do tipo, e o que não foi reaproveitado, certamente foi melhorado neste novo game.

PUBLICIDADE

Um exemplo disso é o sistema de escaladas do jogo. Agora, Aloy consegue escalar qualquer paredão do jogo, e não apenas subir em pontos pré-determinados como no primeiro game. Isso dá muito mais liberdade ao jogador para chegar em pontos do mapa onde antes você não tinha como acessar. Outro sistema do game que ganhou melhorias foi o de combate corpo-a-corpo. Ao invés de fazer sempre os mesmos combos, agora você pode desbloquear sequências novas quando dá level up, e assim adotar um estilo de combate para enfrentar os humanos e outro para enfrentar as máquinas.

Horizon Forbidden West - Review
Divulgação: Guerrilla Games/Sony

Outra mudança também está  na árvore de níveis. Cada tipo de proficiência da Aloy pode ser desenvolvida independente da outra, e se você quiser, é possível sair colocando pontos de progressão só em combate de arco e flecha, por exemplo. Eu não faria isso se fosse você, mas é possível. Com tudo isso, é possível observar que a Guerrilla Games teve todo um cuidado em retrabalhar a maioria das mecânicas do jogo e ir muito além de simplesmente fazer uma cópia e cola do jogo anterior com um cenário novo.

PUBLICIDADE

Como eu comentei anteriormente, praticamente nenhum dos robôs do primeiro jogo foi reaproveitado. O Oeste Proibido é o lar de criaturas terrestres, aéreas e até mesmo marítimas, o que é uma das grandes novidades do jogo e que eu vou falar em mais detalhes depois.

Ao todo, cerca de 40 criaturas são encontradas em Horizon Forbidden West. Algumas destas criaturas são extremamente agressivas e vão até mesmo surpreender você durante o combate, ainda mais se você estiver no começo do jogo e mal equipado, já outras são dóceis e vão fugir caso você chegue muito perto delas, como no caso dos Aríetes, que novamente são usados como montaria dentro do jogo.

Horizon Forbidden West - Review
Divulgação: Guerrilla Games/Sony
PUBLICIDADE

O combate contra as criaturas de Horizon Forbidden West mudou um pouco em relação ao jogo anterior principalmente por causa da inclusão de novos elementos. Além de Eletricidade, Fogo e Gelo, agora temos também Plasma e Ácido, e este último provavelmente vai ser o seu grande amigo dentro do jogo, já que ele pode ser usado para corroer as placas de armaduras dos inimigos tanto mecânicos quanto humanos.

Um ponto a se ressaltar nessa grande quantidade de inimigos é que alguns deles são repetidos, ou seja, você enfrenta a versão de gelo, de fogo e de ácido do mesmo robô. Tudo bem que cada um deles tem a sua peculiaridade, mas o combate básico contra cada um deles segue sendo o mesmo.

Outro ponto a se notar do combate do jogo é que Horizon Forbidden West não pega leve com você, principalmente nas missões secundárias. Um exemplo disso foi uma missão de nível 17 ou 18 que eu peguei achando que fosse ser fácil e, depois de penar pra enfrentar uns inimigos com 3 níveis acima do meu, eu penei mais ainda pois o jogo joga um Thunderjaw no fim dela só pra fazer você enlouquecer ainda mais.

PUBLICIDADE
Divulgação: Guerrilla Games/Sony

Exatamente por causa dessa quantidade de desafios a mais, Horizon Forbidden West aumentou tanto a quantidade de armas que Aloy pode carregar consigo como também a variedade delas. Além de arcos normais, você também tem agora lança-virotes (ou seja, uma espécie de metralhadora de dardos), armadilhas que podem ser posicionadas no chão, lançadores de armadilhas, lançadores de cordas que também já estavam presentes e um estilingue, que sinceramente eu mal usei porque acabei encontrando armas mais úteis logo depois.

O sistema de melhoria de armas do jogo  permanece o mesmo, ou seja, você tem que caçar tanto máquinas quanto criaturas vivas do jogo para encontrar as peças que necessita, mas agora, ao invés de simplesmente derrotar os inimigos, você precisa arrancar as peças deles antes de finalizar o adversário. Isso adiciona uma camada a mais no desafio do jogo, já que uma coisa é matar um Thunderjaw que está tentando fazer o mesmo com você, outra é matar o Thunderjaw e arrancar as presas dele no processo, por exemplo. Como agora as armas possuem diversos níveis que vão desbloqueando novas habilidades nelas, se você quiser, dá pra passar um bom tempo melhorando o equipamento de Aloy, ainda que isso não seja estritamente necessário para completar o jogo.

PUBLICIDADE

Mas e a campanha de Horizon Forbidden West? Como eu comentei no começo da nossa análise, o primeiro jogo respondeu as perguntas mais importantes dele mesmo, ou seja, por que o mundo agora possui dinossauros, de onde vieram as ruínas do mundo antigo e quem é Aloy? Bom, essas perguntas já estão respondidas, e pode-se afirmar tranquilamente que o arco de descobrimento de Aloy terminou, mas ela ainda não conseguiu salvar o mundo, algo que tanto ela, quanto Elisabet Sobeck queriam.

Horizon Forbidden West - Review
Divulgação: Guerrilla Games/Sony

Felizmente, eu posso dizer com tranquilidade que a campanha de Forbidden West não é apenas um pretexto para explorarmos um novo mundo. Diversos personagens interessantes são apresentados na história, com missões e arcos que fazem sentido para o desenvolvimento do mundo do jogo. Além da campanha principal, o jogo ainda conta com diversas missões secundárias que ajudam a elevar a história do mundo do Oeste Proibido, seja com Aloy ajudando caçadores que foram escalar uma montanha e desapareceram, seja com ela ajudando os próprios aliados dela a completarem assuntos inacabados.

PUBLICIDADE

É possível perceber tranquilamente o cuidado e o carinho que a Guerrilla Games colocou dentro das narrativas que o jogo entrega, e mesmo que eu tenha levado cerca de 30 horas para completar a campanha principal e mais algumas missões secundárias, dá pra investir tranquilamente cem a cento e vinte horas dentro do jogo se você for fazer tudo o que ele tem a oferecer, já que, além de missões principais e secundárias, o game ainda conta com uma tonelada de atividades paralelas, como os campos de caça e pescoções que voltam do jogo anterior e outras novidades como arenas, drones e assim por diante.

Antes de falar sobre gráficos e som, vale ressaltar que Horizon Forbidden West não é um jogo perfeito tecnicamente. Há alguns bugs aqui e ali, como inimigos que não respondem quando você ataca eles, NPCs trancados em paredes ou partes do mapa e coisas do tipo. Além disso, se você for uma daquelas pessoas que não consegue progredir no jogo sem fazer tudo o que uma nova área tem a oferecer, você provavelmente vai travar numa parte em específico do jogo porque ele não avisa que você só consegue acessá-la perto do fim dele. Se você leu isso, você provavelmente vai saber do que eu estou falando quando chegar nela, então fica o aviso.

Divulgação: Guerrilla Games/Sony
PUBLICIDADE

Graficamente, Horizon Forbidden West é um belíssimo jogo. O mundo habitado por Aloy e os companheiros dela é cheio de vida, cheio de cor e muito bem construído. Eu lembro que o primeiro jogo me causou uma estranheza bem grande durante as cutscenes, pois os personagens pareciam robóticos. Pois bem, isso é coisa do passado nesse jogo, já que as cenas de interação entre os personagens são muito bem atuadas e vivazes, o combate funciona como deveria funcionar, ou seja, extremamente fluído e sem engasgos, e a performance do jogo como um todo é muito boa, inclusive com carregamentos que levam no máximo 5 segundos.

No PlayStation 4 base, o jogo obviamente é inferior graficamente, mas o desempenho dele é bem aceitável. No tempo em que eu passei jogando nessa versão, não encontrei nenhum grande engasgo mesmo no combate, e as cutscenes do jogo acabaram sendo transformadas em filmes, ou seja, não acontecem em tempo real, o que não chega a ser um problema, afinal melhor uma cutscene bonita rodando como deveria do que o console sofrendo pra entregar o que ele não consegue, não é mesmo?

A trilha sonora de Horizon Forbidden West também é muito boa, com músicas que ajudam a aumentar a imersão do jogo e diálogos bem atuados. A dublagem em português também está bem feita e as legendas do jogo a contento.

PUBLICIDADE

Mas e aí, Horizon Forbidden West vale a pena?

Horizon Forbidden West - Review
Divulgação: Guerrilla Games/Sony

Horizon Forbidden West é tudo o que os fãs de Zero Dawn esperavam de uma sequência e provavelmente ainda mais. A Guerrilla Games conseguiu adicionar novas mecânicas, aumentou a qualidade de vida, trouxe novos desafios e contou uma história que, ainda que não seja melhor do que a original, se fez necessária e desenvolveu um já rico mundo ainda mais.

Eu tinha minhas dúvidas sobre a necessidade de uma sequência quando comecei a jogar este game, mas dado todo o tempo que eu passei nele, posso afirmar sem medo de errar que Forbidden West é o primeiro candidato real a jogo do ano de 2022 por tudo o que ele entrega e proporciona.

PUBLICIDADE

Análise elaborada com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecida pela PlayStation do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Horizon Forbidden West é tudo o que os fãs de Zero Dawn esperavam de uma sequência e provavelmente ainda mais. A Guerrilla Games conseguiu adicionar novas mecânicas, aumentou a qualidade de vida, trouxe novos desafios e contou uma história que, ainda que não seja melhor do que a original, se fez necessária e desenvolveu um já rico mundo ainda mais.

PUBLICIDADE

Eu tinha minhas dúvidas sobre a necessidade de uma sequência quando comecei a jogar este game, mas dado todo o tempo que eu passei nele, posso afirmar sem medo de errar que Forbidden West é o primeiro candidato real a jogo do ano de 2022 por tudo o que ele entrega.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos e performance
  • Enredo rico e mundo extremamente bem construído
  • Sistemas melhorados com mais qualidade de vida para o jogador
  • Diversos inimigos novos que vão fazer até mesmo os jogadores mais habilidosos sofrerem

Contras

  • Alguns bugs bobos que não chegam a prejudicar a experiência do jogador como NPCs trancando no chão, inimigos que não respondem a ataques e coisas do tipo.
PUBLICIDADE
Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.