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Far Cry 6 – Vaas: Insanity Review

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Far Cry 6 – Vaas: Insanity é o primeiro dos três DLC’s programados pela Ubisoft, para completar a experiência de Far Cry 6. Com uma proposta diferente do normal, o pacote de conteúdo adicional oscila entre momentos excelentes e outros que me fizeram pensar: “Meu Deus do céu o que tá acontecendo aqui”.

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Você conhece a definição de insanidade? Bem, se ainda não conhece é porque provavelmente não jogou Far Cry 3. Mas não se preocupe, pois Vaas: Insanity repetirá essa frase tantas vezes que você acabará decorando o significado sem muito esforço. De qualquer forma, vamos registrar que insanidade é quando você faz algo da mesma maneira várias vezes esperando que o resultado seja diferente.

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O objetivo de Vaas: Insanity é reviver o vilão mais interessante da franquia até hoje, e permitir que o jogador explore sua mente, suas memórias e seu complicado relacionamento com sua irmã, Citra.

Tive muitas dificuldades para formar uma opinião sobre esta DLC. Existem momentos durante o gameplay que é quase impossível identificar se os eventos que se sucedem são mal planejados, ou se são “geniais” de uma certa maneira.

Por exemplo: a Ubisoft parece ter feito questão de deixar claro: “Hey, lembra desse momento genial que mostramos em Far Cry 3, sobre a definição de insanidade? Então, veja ele de novo. E de novo. E de novo”. Mas espera ai, não é justamente a definição de insanidade? A repetição excessiva e muitas vezes forçada dos comportamentos de Vaas são mostrados desta maneira no intuito de explorar o personagem deliberadamente, ou para fazer referência ao conceito de insanidade e provar de uma vez por todas que Vaas é uma espécie de avatar da própria insanidade?

Nesse ponto, descobri que não poderia largar a DLC até descobrir o que me esperava no final, e além.

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Outro ponto interessante é que tudo começa de uma maneira bem diferente e sem muito sentido. Você se vê como Vaas, acordando em um lugar que não se sabe se é um delírio lisérgico do próprio protagonista, ou uma espécie de limbo. Tudo que se vê são construções estranhas, tubarões voando, visões, antigas memórias e até momentos em que Vaas é literalmente assombrado pelos espíritos das pessoas que assassinou.

O objetivo é encontrar três partes da faca cerimonial de Citra para conseguir sair deste lugar estranho. Cada parte deste artefato fica em um ponto específico do mapa e cada vez que você morre tentando obtê-los, volta do ponto inicial.

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Vamos fazer uma pausa e analisar este aspecto com calma: para explorar mais uma vez o conceito de insanidade, a Ubisoft transformou Vaas: Insanity em um roguelike. Genial! Ou pelo menos faz sentido.

O gameplay além de divertido é bastante interessante neste ponto. Você acaba descobrindo que pode desbloquear armas encontradas após você vencer alguns desafio e derrotar inimigos lhe dão dinheiro que pode ser investido no desbloqueio de atualizações e melhorias para cada arma.

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Tentar partir para os desafios mais complexos no início pode até dar certo, mas não é muito recomendado. É aí que a questão da insanidade pode fazer ainda mais sentido com o contexto do game.

Apesar de não ter conseguido entender muita coisa do que se passa – principalmente porque não fiz muita questão de conectar as principais memórias de Vaas, a experiência é realmente divertida. Contudo, se você esperava que Vaas: Insanity tivesse qualquer relação com o enredo e os eventos mostrados em Far Cry 6, tire o cavalo da chuva.

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O que me incomodou até agora é o fato de que Vaas: Insanity não precisaria de Far Cry 6 para existir de maneira nenhuma. Poderia muito bem ser vendida separadamente, sem a necessidade de investir no jogo base e no season pass. Isso me incomoda pois me faz questionar seriamente se este pacote de conteúdo adicional é realmente genial, ou se foi concebido desta forma por acidente.

Também fica muito difícil avaliar o objetivo da Ubisoft com às três DLC’s neste momento, dado que só a primeira foi lançada. Isso me fez pensar no que vem por aí nas próximas DLC’s. Apesar de Vaas: Insanity oscilar entre momentos de genialidade e completa confusão mental, o resultado final me fez encara-la como positiva. Resta saber se as próximas duas repetirão exatamente o mesmo esquema de roguelike, ou se tentarão adaptar os conceitos de gameplay à personalidade de cada vilão da série.

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De qualquer forma, Vaas: Insanity é uma experiência que vale a pena. Um DLC totalmente independente que conta a história de uma dos melhores personagens da Ubisoft de maneira inconstante, porém cativante. Um delírio de uma mente conturbada que se apoia fortemente no fato de que não precisa fazer sentido, para fazer sentido.

 

 

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Resumo para os preguiçosos

Far Cry 6 – Vaas Insanity é a primeira DLC de Far Cry 6 e surpreende tanto positivamente, quanto negativamente em alguns momentos.

Totalmente independente do enredo principal, o pacote de conteúdo adicional te coloca no papel de Vaas, em uma jornada pra lá de esquisita, mas cheia de alegorias ao bordão mais famoso do personagem, Vaas Insanity surpreende por conseguir concretizar a definição de insanidade na própria mecânica de gameplay.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gameplay criativo e divertido;
  • Mecânica condizente com a própria definição de insanidade segundo Vaas;
  • Roguelike interessante;
  • Memórias de Vaas complementam a personalidade do personagem mostrada em far Cry 3

Contras

  • Confuso demais em alguns momentos;
  • Difícil dizer se Ubisoft criou algo genial, ou se os aspectos filosóficos e metafísicos acontecem por puro acidente.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.