Se você está um pouquinho por dentro do mundo dos games, você provavelmente conhece Peter Moore, executivo da Electronic Arts que também trabalhou na Microsoft, e anteriormente, na SEGA dos Estados Unidos.
Peter Moore não é a pessoa mais querida do mundo dos games, e ele não tinha lá a melhor das relações do mundo com Yuji Naka, criador do Sonic. Num bom dia, eles tinham uma relação de amor e ódio. Num mau dia, bom, as coisas eram bem mais complicadas.
Moore havia recebido um pedido de pesquisa: perguntar a um grupo de pesquisa, “se uma publisher ou desenvolvedora fosse um parente ou um amigo, quem ele seria?”, uma pergunta interessante, mas que acabou tendo resultados desastrosos no fim das contas.
As respostas à pesquisa foram as seguintes:
- EA – Quarterback arrogante de 1,95 de altura que chega, leva a sua garota e ninguém gosta dele.
- Rockstar – Aquele tio bêbado que volta de Vegas uma vez por mês pra te visitar com uma prostituta acompanhando ele, daí ele consegue dinheiro e some outra vez.
- SEGA – O seu avô. Costumava ser legal, mas nem ele mais consegue lembrar porquê.
Na hora de fazer a apresentação, Peter Moore pensou “isso vai dar merda”. E deu mesmo. Os japoneses da SEGA detestaram o resultado, principalmente Yuki Naja, criador do Sonic. Segundo ele, “não tinha como as pessoas acharem isso de uma companhia tão boa quanto a SEGA, e que o pessoal do grupo focal só falou aquilo porque ele, Peter Moore, havia dito a eles para falarem aquilo”.
Depois de falar isso, Naja começa a encarar Moore e aproximar-se dele. Moore imediatamente diz para o tradutor para mandar ele se f*der e parar de se aproximar dele. O tradutor, aterrorizado com a situação respondeu que não existia expressão para isso em japonês, e Moore simplesmente rebateu dizendo que havia sim e que ele sabia disso, e que era pro tradutor dizer logo aquilo para ele.
Depois disso, Moore nunca mais pisou num escritório da SEGA, e foi trabalhar na Microsoft. Hoje em dia, ele está no Arsenal.